quarta-feira, 23 de agosto de 2017

INFESTAÇÃO DE GALHOFEIROS


Eu não estou triste, eu não estou abalado, eu não estou nervoso. Eu estou irado! Estou irado com a pouca vergonha que se instalou soberbamente na seara evangélica deste país não menos desavergonhado.
Bem, que a vergonha e a decência tenham-se esvaído nos setores seculares desta sociedade não me assombra, uma vez que o mundo está destinado à destruição, e a Bíblia não nega isso.
O problema que me causa este furor é a concentração do mal num terreno em que isso não poderia nem deveria prosperar. O comportamento eclesiástico tem que ser diametralmente oposto ao do mundo. Mas não tem sido! Talvez eu tenha sido enganado com os ensinos do passado; mas não creio nessa possibilidade, porque já conferi aquelas lições com a fonte da verdade – a Bíblia Sagrada – e não encontrei o que desminta aos meus pais, aos meus pastores e aos meus mestres e companheiros de outrora.
Todavia, o meu leitor não pode estar preso àquilo que sinto, já que há o que ser dito como causa de tamanho mal-estar.
Acabo de ler numa mídia social um texto intitulado “União dos Hereges”, o qual dá destaque a uma reunião, ocorrida na famigerada ExpoCristã, entre Silas Malafaia, Renê Terra Nova, Jabes de Alencar, Flamarion Rolando e Gidalti Alencar. O aludido texto está publicado em um “site” cujo nome não impõe qualquer respeito, por isso, não quero mencioná-lo. O que importa é o que ocorre no meio de tudo isso.
O grupo de líderes religiosos (?) começa a reunião, talvez informal - porém, filmada - de forma galhofeira, como se fora um grupo de moleques mal-educados, abordando o que eles chamaram (acreditem!) de “rumos da igreja atual”.
Pasmem! Num dado momento, um dos grandes líderes brasileiros ataca um opositor com vocabulário (que não ouso escrever aqui) próprio de qualquer marginal, sem se preocupar com o recato! Assim prossegue o “galhofeiro conciliábulo”, para quem quiser ver e ouvir.
Eis a razão da minha ira cristã contra eles. Aliás, já tive, não faz muito tempo, intenção de defender um deles das más línguas. Hoje não as considero tão más línguas, ainda que algumas o sejam.
Por outro lado, a maneira como o tal “site” aborda a questão mostra outro lado desprezível no quadrante evangélico desta terra, uma vez que, no afã de detratar o grupo referido (bem merecido), mostra-se incapaz de tratar tão triste episódio com a seriedade requerida. Trata tudo como se fora, mesmo, uma conversa de botequim.
As cinco figuras reunidas atacam, com ferocidade mundana, dois pastores, seus oponentes, que, no texto publicado, surgem como vítimas; todavia, a tessitura da reportagem evidencia que o assunto é utilizado como lenha na fogueira das más intenções dos manipuladores da informação.
Não há para onde se possa correr. Criticáveis são os sujeitos e os objetos da informação. A vergonha evangélica está exposta, enquanto grandes templos (ou casas de espetáculos gospel) são inaugurados - muitos com aval da corrupção endêmica nacional - em cada esquina deste Brasil.
Quem dera que o povo sinceramente crente entendesse que esses malfeitores devem ser rechaçados, abandonados. Chega de os crentes serem massa de manobra tanto desses líderes perversos como de sites espúrios, propagadores de assuntos sérios - a serem corrigidos – como páginas de galhofa e entretenimento de baixo nível. Já basta de pastores-empresários, de pastores-circenses, de pastores-estrelas de congressos, de cantores “gospel” que envergonham o evangelho! 
É necessário que se acenda uma ira cristã contra tal estado de desgraça. É necessário não engolir sapo. É necessário coragem de não ser pacífico seguidor de lobos. É necessário aprender a ler o que subjaz em cada notícia, em cada informação. É necessário que todos reconheçam os seus erros e se interessem em corrigi-los em respeito à Palavra de Deus.

Caso não aconteça uma reviravolta (não é Nova Reforma da Igreja) no interior de cada crente; caso não ocorra arrependimento e uso de colírio para os olhos como está recomendado no Apocalipse, à igreja em Laodiceia (Ap 3.18), o resultado para considerável parte da igreja brasileira, em pouco tempo, será muito triste. O nosso silêncio diante desses terríveis males tornar-se-á prova contra a nossa indolência. 

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