Eu não estou triste,
eu não estou abalado, eu não estou nervoso. Eu estou irado! Estou irado com a
pouca vergonha que se instalou soberbamente na seara evangélica deste país não
menos desavergonhado.
Bem, que a vergonha e
a decência tenham-se esvaído nos setores seculares desta sociedade não me
assombra, uma vez que o mundo está destinado à destruição, e a Bíblia não nega
isso.
O problema que me
causa este furor é a concentração do mal num terreno em que isso não poderia
nem deveria prosperar. O comportamento eclesiástico tem que ser diametralmente
oposto ao do mundo. Mas não tem sido! Talvez eu tenha sido enganado com os
ensinos do passado; mas não creio nessa possibilidade, porque já conferi
aquelas lições com a fonte da verdade – a Bíblia Sagrada – e não encontrei o
que desminta aos meus pais, aos meus pastores e aos meus mestres e companheiros
de outrora.
Todavia, o meu leitor
não pode estar preso àquilo que sinto, já que há o que ser dito como causa de
tamanho mal-estar.
Acabo de ler numa
mídia social um texto intitulado “União
dos Hereges”, o qual dá destaque a uma reunião, ocorrida na famigerada
ExpoCristã, entre Silas Malafaia, Renê Terra Nova, Jabes de Alencar, Flamarion
Rolando e Gidalti Alencar. O aludido texto está publicado em um “site” cujo
nome não impõe qualquer respeito, por isso, não quero mencioná-lo. O que
importa é o que ocorre no meio de tudo isso.
O grupo de líderes
religiosos (?) começa a reunião, talvez informal - porém, filmada - de forma
galhofeira, como se fora um grupo de moleques mal-educados, abordando o que
eles chamaram (acreditem!) de “rumos da igreja atual”.
Pasmem! Num dado
momento, um dos grandes líderes brasileiros ataca um opositor com vocabulário
(que não ouso escrever aqui) próprio de qualquer marginal, sem se preocupar com
o recato! Assim prossegue o “galhofeiro conciliábulo”, para quem quiser ver e
ouvir.
Eis a razão da minha
ira cristã contra eles. Aliás, já tive, não faz muito tempo, intenção de
defender um deles das más línguas. Hoje não as considero tão más línguas, ainda
que algumas o sejam.
Por outro lado, a
maneira como o tal “site” aborda a questão mostra outro lado desprezível no
quadrante evangélico desta terra, uma vez que, no afã de detratar o grupo
referido (bem merecido), mostra-se incapaz de tratar tão triste episódio com a
seriedade requerida. Trata tudo como se fora, mesmo, uma conversa de botequim.
As cinco figuras
reunidas atacam, com ferocidade mundana, dois pastores, seus oponentes, que, no
texto publicado, surgem como vítimas; todavia, a tessitura da reportagem
evidencia que o assunto é utilizado como lenha na fogueira das más intenções
dos manipuladores da informação.
Não há para onde se
possa correr. Criticáveis são os sujeitos e os objetos da informação. A
vergonha evangélica está exposta, enquanto grandes templos (ou casas de espetáculos
gospel) são inaugurados - muitos com aval da corrupção endêmica nacional - em
cada esquina deste Brasil.
Quem dera que o povo
sinceramente crente entendesse que esses malfeitores devem ser rechaçados, abandonados.
Chega de os crentes serem massa de manobra tanto desses líderes perversos como
de sites espúrios, propagadores de assuntos sérios - a serem corrigidos – como
páginas de galhofa e entretenimento de baixo nível. Já basta de pastores-empresários,
de pastores-circenses, de pastores-estrelas de congressos, de cantores “gospel”
que envergonham o evangelho!
É necessário que se
acenda uma ira cristã contra tal estado de desgraça. É necessário não engolir
sapo. É necessário coragem de não ser pacífico seguidor de lobos. É necessário
aprender a ler o que subjaz em cada notícia, em cada informação. É necessário que
todos reconheçam os seus erros e se interessem em corrigi-los em respeito à
Palavra de Deus.
Caso não aconteça uma
reviravolta (não é Nova Reforma da Igreja) no interior de cada crente; caso não
ocorra arrependimento e uso de colírio para os olhos como está recomendado no
Apocalipse, à igreja em Laodiceia (Ap 3.18), o resultado para considerável
parte da igreja brasileira, em pouco tempo, será muito triste. O nosso silêncio
diante desses terríveis males tornar-se-á prova contra a nossa indolência.
muito bom professor
ResponderExcluirExcelente!
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