quarta-feira, 17 de abril de 2024

POR UMA REFORMA COMPORTAMENTAL NA IGREJA

 




 

“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos. Todas as vossas coisas sejam feitas com amor.” (1Co 16. 13-14)

 

            Há leitores mais interessados no texto que lêem; há ouvintes mais seletivos para mensagens pregadas ou cantadas nos cultos. São crentes mais cuidadosos na busca de um sentido mais abrangente para os textos que lêem e na qualidade daquilo que ouvem. Eu os chamo de “bereanos”. (At 17. 11).

 Há outros que, até por desatenção, limitam-se ao sentido periférico do texto, e absorvem tudo quanto ouvem, sem preocupação com valor ou verdade. Por esse motivo, não raro, são envenenados espiritual e intelectualmente.

            Há versões da Bíblia que optam pelo vocabulário e pelo estilo eruditos. Isso pode dificultar a compreensão dos textos para alguns leitores. No entanto, essas versões são altamente proveitosas, mesmo para os leitores menos habituados a elas; esses leitores podem conferir, em tempo, os textos difíceis com os que trazem as boas versões NVI (Nova Versão Internacional), por exemplo. É recomendável, também, consultar a versão KJA (King James Atualizada) que, mantendo a nobreza da linguagem, não “força” um vocabulário pouco acessível à maioria dos leitores.

            Isto posto, acabamos de ler, acima, a recomendação do apóstolo Paulo, a respeito da vigilância e da constância na fé. Ele acrescenta: “portai-vos varonilmente”! Que quer isso dizer? Não há dúvida de que “portar-se” refere-se à maneira de agir habitualmente, com frequência. Mas, “varonilmente” pode deixar em dúvida algum leitor. Creio que cabe a todo pregador bem preparado e a todo ensinador, vez ou outra, informar para a platéia o sentido de palavras que ocorrem com menos frequência.

            Enfim, no texto em questão, “varonilmente” carrega o sentido de o crente agir com nobreza, honradez, dedicação àquilo que faz. Assim, podemos trazer o ensino paulino para a maneira como nos devemos manter: com nobreza (bons modos), com honradez (dignidade) e bem informados (dedicação). Essa é a prova do amor com que “todas as nossas coisas sejam feitas com amor”; sobretudo as coisas que  executamos no templo. Sejamos nobres no cultuar; mantenhamos uma disciplina que honra a Deus, busquemos a boa e constante instrução bíblica e secular. Conheçamos bem o conteúdo musical e poético dos nossos hinários; abandonemos as influências da chamada “gospelândia”. Valorizemos os bons pregadores e mestres, à medida que afugentemos os “coaches” e os pregadores despreparados. Que tudo isso faça parte do nosso culto racional ao Senhor. (Rm 12. 1). Que o nosso culto busque sempre cumprir a “boa, perfeita e agradável vontade de Deus”. (Rm 12. 2)

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