“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos. Todas as vossas coisas sejam feitas com amor.” (1Co 16. 13-14)
Há
leitores mais interessados no texto que lêem; há ouvintes mais seletivos para
mensagens pregadas ou cantadas nos cultos. São crentes mais cuidadosos na busca
de um sentido mais abrangente para os textos que lêem e na qualidade daquilo
que ouvem. Eu os chamo de “bereanos”. (At 17. 11).
Há outros que, até por desatenção, limitam-se
ao sentido periférico do texto, e absorvem tudo quanto ouvem, sem preocupação
com valor ou verdade. Por esse motivo, não raro, são envenenados espiritual e
intelectualmente.
Há
versões da Bíblia que optam pelo vocabulário e pelo estilo eruditos. Isso pode
dificultar a compreensão dos textos para alguns leitores. No entanto, essas
versões são altamente proveitosas, mesmo para os leitores menos habituados a
elas; esses leitores podem conferir, em tempo, os textos difíceis com os que
trazem as boas versões NVI (Nova Versão Internacional), por exemplo. É
recomendável, também, consultar a versão KJA (King James Atualizada) que,
mantendo a nobreza da linguagem, não “força” um vocabulário pouco acessível à
maioria dos leitores.
Isto
posto, acabamos de ler, acima, a recomendação do apóstolo Paulo, a respeito da
vigilância e da constância na fé. Ele acrescenta: “portai-vos varonilmente”!
Que quer isso dizer? Não há dúvida de que “portar-se” refere-se à maneira de agir habitualmente, com frequência. Mas,
“varonilmente” pode deixar em dúvida algum leitor. Creio que cabe a todo
pregador bem preparado e a todo ensinador, vez ou outra, informar para a platéia
o sentido de palavras que ocorrem com menos frequência.
Enfim,
no texto em questão, “varonilmente” carrega o sentido de o crente agir com
nobreza, honradez, dedicação àquilo que faz. Assim, podemos trazer o ensino
paulino para a maneira como nos devemos manter: com nobreza (bons modos), com
honradez (dignidade) e bem informados (dedicação). Essa é a prova do amor com
que “todas as nossas coisas sejam feitas com amor”; sobretudo as coisas que executamos no templo. Sejamos nobres no
cultuar; mantenhamos uma disciplina que honra a Deus, busquemos a boa e constante
instrução bíblica e secular. Conheçamos bem o conteúdo musical e poético dos nossos hinários; abandonemos as
influências da chamada “gospelândia”. Valorizemos os bons pregadores e mestres,
à medida que afugentemos os “coaches” e os pregadores despreparados. Que tudo
isso faça parte do nosso culto racional ao Senhor. (Rm 12. 1). Que o nosso
culto busque sempre cumprir a “boa, perfeita e agradável vontade de Deus”. (Rm
12. 2)
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