segunda-feira, 29 de abril de 2024

JANELAS E PORTAS PERIGOSAS

 







Leitura: Rm 8. 5-17

                       

Um dos exercícios mais difíceis para o ser humano é viver em obediência ao evangelho de Cristo, porque esse viver exige constante domínio da velha natureza, que permanece em luta contra o homem regenerado pela obra salvífica de Cristo Jesus.


Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e, sim, o que detesto.” (Rm 7. 15)

 

 O homem - ainda que se entregue à direção e à orientação do Espírito - é tentado a inclinar-se para as ofertas deste mundo, porque todas elas são apresentadas como atraentes à vida humana. É, também, interessante perceber que o Espírito não obriga o ser humano a ouvir a sua voz condutora; as decisões do homem podem entristecê-lo e, até mesmo, extinguir a atuação do seu poder.

 

Hoje, se ouvirem a sua voz, não endureçam os seus corações.” (Hb 3. 15)

 

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele, e ele comigo.” (Ap 3. 20)

 

Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção.” (Ef 4. 30)

 

Não apaguem o Espírito.” (1Ts 5. 19)

 

Além da submissão do crente à ação do Espírito, é importante lembrar que a gravidade desse problema também está no fato de que grande parte das pessoas engana-se, porque elas confundem o conceito de mundo com o conceito que têm do globo terrestre em que vivem. O mundo não é, literalmente, o planeta, pois o mundo é um ente abstrato, imaterial, constituído e representado pelas forças malignas de um sistema que se impõe como motor da vida humana na Terra.

Todo ser humano, por causa do pecado que o atingiu, ignora o poderio do mal, tornando-se impotente para reagir diante desse sistema que o engoliu. (Rm 3.23). Ninguém se engane, esperando ver na porta do mundo e no caminho por ele apresentado, as coisas terríveis que conduzirão uma incrível quantidade de pessoas à morte eterna (Mt 7. 13-14). A ilusão criada pelo Inimigo de Deus foi o engano com que a serpente seduziu a Eva, a qual, envenenada com o espírito do mundo, levou a sua mensagem destruidora a Adão.             

 

E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e o comeu; e deu-o também ao seu marido, e ele o comeu com ela.” (Gn 3. 6).

 

O Senhor Jesus alertou sobre a sedução que há no mundo, quando ensinou: “Entrem pela porta estreita!” (Mt 7. 14). A porta é estreita porque representa o necessário dever da decisão moral para que todo homem abandone tudo quanto lhe possa ser atrativo neste sistema. Eva e seu marido não tiveram essa força moral; por isso, sucumbiram a uma oferta muito atraente. Optaram pelo caminho largo; mas o fim desse caminho largo é a perdição no inferno, o que é o destino preparado para Satanás, para os seus anjos  e para os que tiverem decidido aceitar suas coloridas ofertas.

 

O apóstolo João, em sua primeira Epístola, recomenda: “Não amem o mundo, nem o que no mundo existe. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1Jo 2. 15-17)

 

Diante do exposto, sugiro que cada um de nós reveja a própria situação, diante deste mundo organizado segundo os interesses de Satanás. Quais de todas as suas ofertas se mostram mais atrativas para nós? Sejamos sinceros, para que possamos nos corrigir!

O fato de que nos consideramos guardados em Cristo Jesus, ainda neste chão terreno, não impede os ataques do inimigo, os quais nos surpreendem nos momentos em que nos detemos a olhar pela janela do mundo. É interessante observarmos que a arca de Noé (lugar de salvação) não tinha janelas, para que, através delas, o patriarca e sua família vissem o mundo, que se decompunha. Havia uma única janela, posta ao alto; só podia olhar para cima! (Gn 6. 16); à qual, somente  Noé teve acesso, para soltar as duas aves, que o fariam  saber se a terra já estava seca. Ele mesmo não viu a situação da terra. As janelas que nos distraem estão por toda parte; não olhemos por elas! Eva distraiu-se; caiu! Adão distraiu-se caiu! Não nos distraiamos; senão também cairemos. O aviso é muito sério!

 

Considere, pois, a bondade e a severidade de Deus; para com os que caíram, severidade; mas para com você, a benignidade de Deus, se você permanecer na sua benignidade; de outra maneira, você também será cortado.” (Rm 11. 22).

 

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