Qual a nossa condição, como convidados às Bodas do Cordeiro?
Meditação
No evangelho, segundo escreveu Mateus,
o Senhor Jesus propôs a parábola da festa de casamento. Toda festa de casamento
reúne convidados, considerados especiais participantes do evento. A alegria dos
convidados sempre é enorme e contagiante no ambiente; porém, a alegria dos participantes
jamais se aproxima da alegria e felicidade que envolve os noivos.
Desde os mais antigos tempos, nenhum outro
evento consegue ser mais representativo da feliz realização de um ideal ansiosamente
esperado do que um casamento. O matrimônio é sempre a concretização de um
grande sonho de amor e união que envolve o casal. Os noivos nada mais comemoram
do que a sua inseparável comunhão.
Exatamente por isso, as bodas são um evento
totalmente adequado, perfeito, para que tenhamos uma ideia do que seja a tão aguardada
união entre Cristo Jesus (o Noivo, que, para assumir o noivado, pagou o mais
alto dos preços, quando entregou a sua própria vida) e a Igreja (a Noiva, conquistada
pelo valor inestimável do sangue derramado na cruz). Não há motivo maior para a
celestial celebração! E, pela misericórdia de Deus, nós fazemos parte desse
contrato sublime!
O grau
de importância deste assunto, necessariamente, precisa levar-nos a considerar a
gloriosa condição que nos é dada: a de que somos parte do corpo de Cristo, em
seu aspecto pleno, que é a Igreja edificada pelo Senhor (Mt 16. 18). Estamos
inseridos no conjunto dos componentes
da Igreja do Senhor – nós somos a Noiva do Cordeiro!
Mas esse conjunto se forma, também, dos
representantes individuais da Noiva
do Cordeiro. Assim sendo, individualmente,
cada um dos membros tem, não só o elevado privilégio de ser uma parte desse
corpo glorioso; mas também, tem a enorme
responsabilidade pessoal de honrar o pleno
corpo, que é a Noiva (Rm 12. 5).
Caso o desfrute do privilégio, esteja associado
ao descuido para com a responsabilidade, tornará o crente um desprovido das
vestes exigidas para a participação nas bodas. Logo, em tal situação, o fim
desse crente será comparável ao fim do homem que entrou para as bodas sem o
traje que identificava os convidados:
“E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não
estava trajado com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não
tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o
de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e
ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” (22.
11-14)
Caso o crente não honre o corpo ao
qual está ligado, está na relação dos chamados,
mas, não está entre os escolhidos. Por
isso, não participará das bodas do Cordeiro; aqueles que não honram a Noiva não
fazem parte das Bodas!
É urgente que nós nos examinemos pessoalmente (Rm 14. 12); não com aquele
exame feito apenas em reuniões para a Ceia do Senhor, como muitos têm feito! A
exortação de Paulo, aos Coríntios (1Co 11. 28) tem sido banalizada, como se a
necessidade dessa autocrítica se tenha tornado uma mera retórica, habitual nas
reuniões dos crentes para a Ceia do Senhor.
As igrejas cristãs precisam estimular em seus
membros a prática do exame particular, pessoal e cotidiano, para verificarem se
têm preparadas as vestes adequadas para as Bodas do Cordeiro.
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