segunda-feira, 18 de março de 2024

RESPONSABILIDADE PESSOAL E COLETIVA DO CRENTE

 





 

Qual a nossa condição, como convidados às Bodas do Cordeiro?

 

Meditação

 

            No evangelho, segundo escreveu Mateus, o Senhor Jesus propôs a parábola da festa de casamento. Toda festa de casamento reúne convidados, considerados especiais participantes do evento. A alegria dos convidados sempre é enorme e contagiante no ambiente; porém, a alegria dos participantes jamais se aproxima da alegria e felicidade que envolve os noivos.

 

Desde os mais antigos tempos, nenhum outro evento consegue ser mais representativo da feliz realização de um ideal ansiosamente esperado do que um casamento. O matrimônio é sempre a concretização de um grande sonho de amor e união que envolve o casal. Os noivos nada mais comemoram do que a sua inseparável comunhão.

 

Exatamente por isso, as bodas são um evento totalmente adequado, perfeito, para que tenhamos uma ideia do que seja a tão aguardada união entre Cristo Jesus (o Noivo, que, para assumir o noivado, pagou o mais alto dos preços, quando entregou a sua própria vida) e a Igreja (a Noiva, conquistada pelo valor inestimável do sangue derramado na cruz). Não há motivo maior para a celestial celebração! E, pela misericórdia de Deus, nós fazemos parte desse contrato sublime!

 

 O grau de importância deste assunto, necessariamente, precisa levar-nos a considerar a gloriosa condição que nos é dada: a de que somos parte do corpo de Cristo, em seu aspecto pleno, que é a Igreja edificada pelo Senhor (Mt 16. 18). Estamos inseridos no conjunto dos componentes da Igreja do Senhor – nós somos a Noiva do Cordeiro!

 

Mas esse conjunto se forma, também, dos representantes individuais da Noiva do Cordeiro. Assim sendo, individualmente, cada um dos membros tem, não só o elevado privilégio de ser uma parte desse corpo glorioso; mas também, tem a enorme responsabilidade pessoal de honrar o pleno corpo, que é a Noiva (Rm 12. 5).

 

Caso o desfrute do privilégio, esteja associado ao descuido para com a responsabilidade, tornará o crente um desprovido das vestes exigidas para a participação nas bodas. Logo, em tal situação, o fim desse crente será comparável ao fim do homem que entrou para as bodas sem o traje que identificava os convidados:

 

E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” (22. 11-14)

 

            Caso o crente não honre o corpo ao qual está ligado, está na relação dos chamados, mas, não está entre os escolhidos. Por isso, não participará das bodas do Cordeiro; aqueles que não honram a Noiva não fazem parte das Bodas!

 

            É urgente que nós nos examinemos pessoalmente (Rm 14. 12); não com aquele exame feito apenas em reuniões para a Ceia do Senhor, como muitos têm feito! A exortação de Paulo, aos Coríntios (1Co 11. 28) tem sido banalizada, como se a necessidade dessa autocrítica se tenha tornado uma mera retórica, habitual nas reuniões dos crentes para a Ceia do Senhor.

 

As igrejas cristãs precisam estimular em seus membros a prática do exame particular, pessoal e cotidiano, para verificarem se têm preparadas as vestes adequadas para as Bodas do Cordeiro.

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