Adão foi criado conforme a vontade de Deus. A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2); logo, Adão era uma criatura boa, perfeita e agradável, até que, desprezando a sua perfeição, perdeu muito do que tinha de bom e de agradável; tornou-se imperfeito. (Rm 3. 23)
Agora, o seu estado de imperfeição trouxe-lhe, entre outros males gravíssimos, o relaxamento. Por isso, Deus odeia os relaxados. (Jr 48. 10).
Relaxar significa descuidar daquilo que é perfeito física, espiritual, moral e intelectualmente, a ponto de substituir essas qualidades por tudo o que é oposto a elas.
O primeiro relaxado foi Satanás, o qual desleixou na sua condição de beleza, de adorador do Pai, de caráter moral e da perfeita sabedoria em Santidade, trocando a fidelidade a Deus pela revolta, que engloba toda decadência que transmitiu à humanidade.
Por isso, Deus reprova todo tipo de relaxamento a que os descendentes da Adão se submeteram, a partir do patriarca.
A Bíblia recomenda perfeição e santidade (Mt 5. 48; Lv 20. 7). Deus maldiz dos que relaxam, isto é, dos que afrouxam a disciplina, a santidade, o caráter; os que lasseiam o dever, e permitem um raciocínio preguiçoso, enfim, afrouxam qualquer possibilidade de esforço e de dedicação. Essas pessoas têm caráter lasso.
Os relaxados também rejeitam a repreensão (Pv 12. 1); porém são sábios os que nela meditam. (Pv 3. 11).
O relaxamento (modo de agir de Satanás) vem contaminando, dia a dia, multidões de crentes, os quais adoecem desse mal, sem perceber a gravidade dele. O mal do relaxamento é tão sutil quanto o seu criador.
O relaxamento começa na vida pessoal da própria vítima e, aos poucos, envolve-a no seu meio social, profissional e, pior ainda, envenena a sua vida de comunhão com Deus e de cuidado para com a obra que Cristo entregou à Igreja.
Paulo recomendou que ninguém participe da Ceia do Senhor, relaxadamente, antes, examine-se a si mesmo (1Co 11. 28). Por acaso, a recomendação do apóstolo é exclusiva para o momento da Ceia? Evidentemente, não é!
Porém, a maioria de nós relaxa no atendimento a essa preciosa instrução, que se expande para todas as circunstâncias da vida.
Resta-nos caminhar, sóbria, justa e piamente (Tt 2. 22), atentos a não permitir a frouxidão, porém, cientes de que sempre necessitamos da ajuda do Espírito Santo. Ele, porém, não vem em auxílio dos relaxados, porque os tais estão sob maldição!
Nenhum comentário:
Postar um comentário