Jesus declarou: "Deus é espírito..." (Jo 4.24); logo, Deus não é perceptível sensorialmente ao homem. (Jo 1.18; Êx 33.20)
Mas a Bíblia apresenta-nos o Senhor Deus com características físicas - e até psicológicas - próprias dos seres humanos. É dispensável mostrar os exemplos: Deus fala, Deus ouve, Deus vê, Deus ama, Deus ira-se...
Há, por acaso, contradição entre a afirmação feita pelo Senhor Jesus e a grande quantidade de referências sobre as características humanas de Deus?
Evidentemente, não!
O ser humano seria incapaz de qualquer noção sobre Deus, se não fosse a permissão que ele deu, para as Escrituras Sagradas usarem o recurso literário do antropomorfismo.
Isso mostra que o Senhor teve tal interesse de conviver com a sua criatura humana que, como humano, a nós se revelou.
A mais sublime manifestação do Deus Homem foi o seu Filho, Jesus Cristo. (Jo 1.14)
Assim, compreendemos a disposição do Senhor Deus para se manter em contínuo diálogo com a humanidade. É dessa maneira que você pode ir a Deus, falar com Ele, entender a extensão do seu amor por nós, a sua vontade e as suas determinações.
As características antropomórficas de Deus não dizem respeito a Ele; referem-se unicamente à nossa pequena capacidade cognitiva.
Deus fala, ouve, emociona-se - pois Ele ama e odeia. Tudo isso são atributos da compreensão humana, propriamente dita.
Mas, DEUS NÃO SONHA!
Por quê?
1. Porque o sonho compreende um fenômeno que ocorre durante o sono;
2. Porque a palavra sonho aplica-se à noção de devaneio, falta de objetivo, ilusão.
Ora, o Senhor Deus não cochila, nem dorme; logo, não está sujeito ao fenômeno do sonho.
Também, evidentemente, Deus não tem frivolidades, portanto, não está submetido a devaneios, ilusões ou fantasias.
Em Salmos 121.3-4, lê-se que o Senhor não dorme.
Também os projetos de Deus não significam que Ele - como faz o homem - "descobre, eventualmente", uma ideia nova; então, passa a elaborar um projeto (um sonho).
Todos os projetos de Deus são estabelecidos e decididos. Leia Efésios 3.8-12.
Conseguintemente, conclui-se que é necessário cuidado com a "humanização" dos projetos, decisões e ações do nosso Deus, em relação às pessoas.
Deus não tem sonhos para ninguém; tudo e todos estão sob a sua decisão e presciência - a mão de Deus. (1 Pe 5.6)
Que as nossas igrejas analisem as canções que entoam (em solo ou coletivamente), uma vez que grande parte dos compositores da linha "gospel" dedicam-se mais à adequação das letras que compõem às midias do que ao estudo bíblico e teológico.
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