quinta-feira, 28 de março de 2019

FALSOS LÍDERES PREGAM UM EVANGELHO CONTAMINADO.



Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia; mas outros, de boa mente” (Fp 1.15).
Este é o século em que o sentimento de inveja e a vaidade da porfia expandem-se no meio evangélico. É invejoso aquele que nutre a ânsia de querer para si aquilo que é um bem material, intelectual ou espiritual de outrem. A porfia, neste contexto, denota a disputa ferrenha e a qualquer custo para obtenção das melhores posições sociais, intelectuais ou hierárquicas. Entende-se, pois, que inveja e porfia são irmãs gêmeas univitelinas.
Pode, entre os que anunciam o evangelho de Cristo, haver algum desses sentimentos? Pode.  O apóstolo Paulo deixou registrada essa verdade. Ele estava preso, provavelmente, em Roma, havia algum tempo, e esse episódio preocupava um pouco a igreja em Filipos, levando alguns ao desânimo. Numa igreja abalada pelo desânimo espiritual, facilmente se instalam invejosos e palradores. Por essa razão, o apóstolo adverte os valorosos filipenses contra os maus obreiros.
Considerando que Paulo estava preso, alguns intentavam usurpar-lhe o lugar, pregando, sim, o evangelho; entretanto, faziam a obra com um coração impuro, carregado de inveja - provavelmente, imitando os discursos de Paulo. Havia, também, os que pregavam a palavra da cruz, interessados em porfiar (até entre eles próprios), isto é, disputar conhecimento, eloquência, respeito dos ouvintes, a fim de parecerem melhores do que Paulo e do que seus pares.
Vale atentar para a tranquilidade do apóstolo, ao abordar o assunto; ele não se perturba com isso, mas instrui a igreja de Filipos a prosseguir a jornada fielmente ao Senhor. Para ele, a mensagem do evangelho não se contamina, ainda que o portador esteja sujeito à repreensão, e, de fato, deva ser repreendido (v.16). Quantos terão chegado à verdade pelo próprio poder da Palavra? O importante é que “Cristo seja anunciado” (v.18).
Certa vez, os discípulos noticiaram a Jesus que alguém expulsava demônios em nome dele. O Mestre mandou que não se importassem com isso. “quem não é contra nós é por nós” (Lc 9.49-50).
Quantos há, hoje, dentro e fora das igrejas doutrinariamente sadias, que desfiguram o evangelho por vanglória, por inveja, por porfia, apenas voltados para os seus próprios interesses!
Sem dúvida, devemos defender a verdade bíblica e doutrinária em nosso meio; devemos conduzir as ovelhas ao conhecimento da verdade. Quanto aos invejosos e mal intencionados, Deus os julgará. O mesmo conselho de Paulo aos filipenses deve ser dado por nós à igreja hodierna:
Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja; quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente, com o mesmo ânimo pela fé do evangelho. E em nada vos espanteis dos que resistem o que para eles, na verdade, é indício de perdição; mas, para vós, de salvação, e isto em Deus” (vv.27,28).
 



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