Ambas as palavras têm a mesma
raiz latina. De adultério forma-se o verbo adulterar, o qual, por sua vez,
forma o substantivo adulteração.
Quanto ao significado, o verbo
adulterar dá noção de se produzir a
alteração daquilo que é dado como correto, digno, justo, aceitável; Isto é,
praticar-se a adulteração ou fraude
de um documento, de um produto etc.
Por sua vez, a palavra adultério é empregada, bíblica e
juridicamente na acepção de infidelidade
conjugal. Ora, tal prática não foge do sentido de alguém agir
fraudulentamente para com o contrato matrimonial. É fraudar um compromisso tido
como inalienável.
Adultério é pecado moral (à
vista do comportamento social) e pecado espiritual (à vista da Palavra de
Deus). É necessário ter-se em mente a decisão divina sobre o casamento,
registrada no Gênesis, 2.34-35. Ali, não há espaço para qualquer ação
diferente. Daí, que nem mesmo a separação sem motivo biblicamente aceitável se
recomenda.
Assim refletindo, a chamada “separação
consensual” denota pecado de ambos os cônjuges contra Deus. Se um dos cônjuges impõe
a separação não justificada biblicamente, esse tal comete pecado, não o
dispensado do matrimônio. Nesses dois casos – o consensual e não consensual -
não há adultério, se não houve(r) outro
relacionamento conjugal - mas há adulteração
ou fraude no contrato matrimonial, ocorrendo, assim, pecado contra a
determinação bíblica já registrada.
Dessa forma, todo cristão
precisa ser muito bem orientado na questão do casamento, o que dificilmente
ocorre de modo sério na maioria das igrejas. Tudo que mais se ensina é “não se
associarem a um jugo desigual”, cuja finalidade é apenas e tão somente evitar
casamento entre pessoas de credos distintos. Claro que isso é perigoso, mas não
é tudo! Dentro da própria igreja há inúmeros casos de jugos desiguais em vários
pontos que não preciso enumerar aqui, mas são fatores de boa parte dos
desacertos matrimoniais.
Eis aqui, uma enorme
responsabilidade dos ministérios eclesiásticos. Antes dos chamados “cultos de
casais” com finalidade de mostrar que “tudo anda bem” com os casais da igreja,
é necessário que se criem projetos de orientação dos solteiros sobre o
casamento e, outro projeto de ajuda aos casais em dificuldade escondidos nos
bancos dos cultos dominicais.
Chega de culpar os que têm/tiveram
problemas. É necessário ajudá-los a buscar o perdão de Deus para os seus
pecados (sem considerar que o aqui mencionado é “o pior dos pecados”, digno de
ostracismo) e reconduzi-los a um familiarmente
sadio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário