quarta-feira, 21 de novembro de 2018

ADULTÉRIO OU ADULTERAÇÃO?



Ambas as palavras têm a mesma raiz latina. De adultério forma-se o verbo adulterar, o qual, por sua vez, forma o substantivo adulteração.
Quanto ao significado, o verbo adulterar dá noção de se produzir a alteração daquilo que é dado como correto, digno, justo, aceitável; Isto é, praticar-se a adulteração ou fraude de um documento, de um produto etc.
Por sua vez, a palavra adultério é empregada, bíblica e juridicamente na acepção de infidelidade conjugal. Ora, tal prática não foge do sentido de alguém agir fraudulentamente para com o contrato matrimonial. É fraudar um compromisso tido como inalienável.
Adultério é pecado moral (à vista do comportamento social) e pecado espiritual (à vista da Palavra de Deus). É necessário ter-se em mente a decisão divina sobre o casamento, registrada no Gênesis, 2.34-35. Ali, não há espaço para qualquer ação diferente. Daí, que nem mesmo a separação sem motivo biblicamente aceitável se recomenda.
Assim refletindo, a chamada “separação consensual” denota pecado de ambos os cônjuges contra Deus. Se um dos cônjuges impõe a separação não justificada biblicamente, esse tal comete pecado, não o dispensado do matrimônio. Nesses dois casos – o consensual e não consensual - não há adultério, se não houve(r) outro relacionamento conjugal - mas há adulteração ou fraude no contrato matrimonial, ocorrendo, assim, pecado contra a determinação bíblica já registrada.
Dessa forma, todo cristão precisa ser muito bem orientado na questão do casamento, o que dificilmente ocorre de modo sério na maioria das igrejas. Tudo que mais se ensina é “não se associarem a um jugo desigual”, cuja finalidade é apenas e tão somente evitar casamento entre pessoas de credos distintos. Claro que isso é perigoso, mas não é tudo! Dentro da própria igreja há inúmeros casos de jugos desiguais em vários pontos que não preciso enumerar aqui, mas são fatores de boa parte dos desacertos matrimoniais.
Eis aqui, uma enorme responsabilidade dos ministérios eclesiásticos. Antes dos chamados “cultos de casais” com finalidade de mostrar que “tudo anda bem” com os casais da igreja, é necessário que se criem projetos de orientação dos solteiros sobre o casamento e, outro projeto de ajuda aos casais em dificuldade escondidos nos bancos dos cultos dominicais.
Chega de culpar os que têm/tiveram problemas. É necessário ajudá-los a buscar o perdão de Deus para os seus pecados (sem considerar que o aqui mencionado é “o pior dos pecados”, digno de ostracismo) e reconduzi-los a um  familiarmente sadio.

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