sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Por que há tantos problemas entre o povo de Deus?


Introdução.

Ninguém discorda de que o cristianismo, em si, vive dias difíceis. Porém, as dificuldades internas superam as externas. Perseguimos mais do que somos perseguidos; atacamo-nos uns aos outros mais do que somos atacados pelos de fora.
Esse comportamento não é novo: a maldade do homem acompanha-o há tempo. A má índole só pode ser vencida pelo novo nascimento verdadeiro, de que falou o Senhor Jesus. João, 3.1-7.
O apóstolo Tiago, em sua carta pastoral, alerta os crentes judeus que dispersos, já se desviavam da verdade. São 5 capítulos de instruções para os crentes.
 “O descaminho é da ovelha; a recondução é do pastor”.
No 4º capítulo, veremos a questão da oração não atendida, por causa da intenção errada.

Texto bíblico: Tiago, 4.1-4.

 “De onde vêm as batalhas e desentendimentos que há entre vós? De onde, senão das paixões que guerreiam dentro de vós?
 Cobiçais e nada tendes. Matais e invejais, porém não conseguis obter o que desejais; viveis a brigar e a promover contendas. Todavia, nada conquistais, porque não pedis. E, quando pedis não recebeis, porque pedis com a motivação errada, simplesmente para esbanjardes em vossos prazeres.
Adúlteros! Ou não estais cientes de que a amizade com o mundo é inimizade contra Deus? Ora, quem quer ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus”.

Desenvolvimento.

1.   A ORIGEM DAS CONTENDAS ENTRE OS IRMÃOS: A VAIDADE PESSOAL E A AMIZADE COM O MUNDO.
Há “batalhas” entre o povo de Deus, e elas têm uma origem, segundo constata o texto lido: “originam-se nas paixões que guerreiam dentro dos crentes”. Há uma inquietação na alma do crente que descuida da Palavra do Senhor: é a guerra da “opinião própria”, da defesa, a qualquer preço, daquilo que ele tem como correto para a sua vida terrena. É necessário pautar a vida e as decisões pela Palavra de Deus.
O crente que vive em desacordo com as Escrituras torna-se vaidoso, arrogante, cobiçoso de destaque pessoal, mas nada conquista, porque passa a vida nessa batalha inglória. A Bíblia diz que tais pessoas não conseguem obter o que desejam.
Por que não alcançam? Porque não pedem. Porque não veem necessidade de se humilhar, de retroceder. Quando pedem, fazem um pedido errado, para satisfação do seu orgulho.

O texto, na edição RC (1995) chama tais crentes de adúlteros e adúlteras, numa demonstração de que o mal atinge a homens e mulheres! Mas expliquemos:
A palavra adúltero, no texto, não se refere à infidelidade conjugal. Adulterar é “modificar o que é correto”. No caso é agir de modo contrário aos ensinamentos bíblicos. Deus nos livre de nos tornarmos adúlteros quanto à sua Palavra, por causa da nossa infidelidade a ela!
Uma forma de adultério apontada por Tiago é a grave decisão de alguém se tornar “amigo do mundo”.
Tornar-se amigo do mundo é concordar com as pautas que o sistema oferece. É participar ativa e concordemente com aquilo que a Palavra de Deus refuta. O crente que se envereda por esse caminho assume, de modo claro, consciente, tornar-se inimigo de Deus. Quem diz isso? Este pregador? Não! É a Palavra de Deus: “Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (v.4).

2.   A ORAÇÃO QUE DEUS NÃO RESPONDE E A QUE ELE RESPONDE.
Deus responde a oração dos seus inimigos? Claro que não. Pobre da igreja que se torna inimiga de Deus, por causa do seu companheirismo com o mundo. “Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve” (João 9.31).
A oração da igreja pode ser recusada? Sim! O povo de Israel teve inúmeras decepções em seu trajeto, por causa do pecado de um. Lembrem-se do pecado de Acã! Há pecados sabidos e tolerados! Vejam as Cartas às Igrejas em Apocalipse.
Que oração que produz efeito consolador? “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16).
Jesus nos ensinou a orar. Não quer dizer que façamos uma oração decorada, vazia de conteúdo. Mas a nossa oração deve sempre manter o conteúdo da oração que o Senhor ensinou. Ele ouve a oração do crente obediente.

CONCLUSÃO.
Para encerrar. Há o que fazer com os crentes que andam em claro desacordo com a Palavra de Deus?
Sim!
“Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, me alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados” (Tg 5.19-20).
Nosso papel é “procurar converter” com ensino da Palavra e admoestação doutrinária aqueles que se esqueceram da santificação (sem a qual ninguém verá o Senhor). Se o ímpio se converter Deus é benigno para perdoar. “O sangue de Jesus Cristo seu Filho nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).
“Portanto, se voltardes os vossos corações para o Senhor, vosso irmãos, parentes e filhos encontrarão benevolência..., pois o Senhor vosso Deus é bom e compassivo, e não desviará o roso de vós, se vos voltardes para ele” (2Cr 30.9). Toda a Escritura nos ensina a salvar almas, a conquistá-las para o Reino. Mas não ensina a manter entre nós os ímpios que recusam a bênção da salvação. Aliás, a ordem é separar-nos deles. 1Co 5.9-13.
A Palavra de Deus nos convoca ao retorno. A nos lembrarmos do ponto da queda, a fim de prosseguir em santidade até o Dia da Vitória. Amém!





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