A Igreja de Cristo – aquela que
o Mestre instituiu como registra Mateus, 16.18 - continua a viver tempos
difíceis neste mundo. Isso não é novidade, já que o próprio Senhor alertou
sobre as aflições que nos assolariam. Fato é que a Igreja nunca teve tempos de bonança:
se o povo de Deus tem vivido tempos venturosos em alguma parte do mundo, em
outra, há uma Igreja sofredora; os crentes são perseguidos, massacrados,
expulsos de suas casas e até mortos.
Muitas vezes, a percepção
dessa realidade fica empanada pela infeliz concupiscência humana, a qual leva o
homem a inclinar-se para os interesses materiais. Quando estamos fartos,
tendemos a não ver a carência que assola a outros. Se ao nosso redor tudo se
mantém bem organizado e não somos afligidos, ficamos cegos para as agruras
sofridas por nossos irmãos.
Hoje, entretanto, boa parte
dos servos do Senhor começa a perceber a opressão espiritual que visa a
desestabilizar o caminho para a Sião Celestial. O mundo (sistema) está imergindo
rápido nas águas poluídas do maligno; a podridão moral assumiu os sistemas
político, econômico, e sociais, tendo já chegado ao terreno do sistema religioso
que se diz cristão, mas não demonstra tal condição.
O Senhor Jesus, mais de uma
vez, deixou claro que o seu Reino não é deste mundo. A Igreja é a luz do mundo,
e luz não se associa a treva. Que comunhão há entre Cristo e o maligno? (2 Co
6.15). Todavia, a cada dia, as lideranças evangélicas brasileiras, mormente
pentecostais, associam-se ao sistema político apodrecido e não abrem mão da “amizade”
com os grandes deste reino pérfido. Jesus não aceitou a oferta satânica que lhe
oferecia os reinos deste mundo; mas as lideranças travestidas de cristãs a aceitam
sorridentes.
Enquanto vai crescendo o amor
pelas coisas materiais, almas caminham para o inferno; muitas por
desconhecimento do evangelho, outras por esfriamento da fé, gerado pelo
escandaloso mau testemunho que veem. Ninguém se preocupa com a quantidade de
desertores da fé em Cristo.
Parte desses desertores são
tomados pelo mesmo espírito de engano exalado dos lobos devoradores, tornando-se
massa de manobra dos vigaristas da fé, os quais oferecem mentirosas bênçãos
materiais. Trata-se de uma população que está vendendo a alma ao diabo!
É hora de a Igreja de Jesus
Cristo (nada com denominações sob gerenciamento humano) buscar mais ao Senhor
e, destemidamente, anunciar o evangelho de salvação e desmascarar, sem medo, os
líderes de outrora, que se distanciaram da verdade, por causa da ganância e do
amor aos benefícios mundanos; e, com discernimento, também arrancar a máscara dos
lobos vigaristas que encontraram uma multidão - não de incautos – de pessoas
como aquelas que seguiam a Jesus, apenas em busca de saciarem as necessidades
materiais.
O evangelho de João registra a
repreensão de Jesus às pessoas que o seguiam em busca de bênçãos, sem atentar
para as suas palavras e ensinamentos. “... Na verdade, na verdade vos digo que
vós me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos
saciastes. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece
para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque a este o Pai,
Deus, o selou” (Jo 6.26-27).
A Igreja não está abandonada
neste mar da vida, a promessa do Mestre é inviolável: as portas do inferno não
prevalecerão contra a Igreja. Quer vivamos, quer morramos, por Ele vivemos e
por ele morremos.
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