quinta-feira, 10 de março de 2016

A LISONJA É A ENGANOSA CAPA DA ESTUPIDEZ


Lisonja é um falso elogio. Geralmente é um elogio desmedido, bajulador, que parece ter a finalidade de deixar o elogiado muito feliz, ainda que não mereça a referência. Aquele que recebe com um sorriso de satisfação um elogio barato, improvável, não passa de um tolo.

A lisonja é a flecha envenenada que atinge o coração dos tolos. A Bíblia relata alguns casos bem típicos de tolos e de lisonjeiros, que causaram grandes males. Quando morreu Salomão, Roboão, seu filho, subiu ao trono. Aquele moço era tolo, pois amava o elogio gratuito. Tendo-se aconselhado com os mais velhos, a respeito de como se conduziria no governo, Roboão foi aconselhado a ser bondoso para com o povo, a fim de conquistar daquela gente a simpatia.

O jovem rei não se satisfez com a instrução sábia dos anciãos, por isso, buscou conselho entre os rapazes com quem se criara, seus amigos de juventude. Evidentemente, aqueles rapazes queriam estar bem com o novo rei, portanto repudiaram o conselho dos antigos. Instruíram Roboão a ser mau para com o povo, e ele aceitou o falso elogio, causando um sério problema no reino que recebera de Salomão (1Reis 12.10-11).

O rei Herodes Agripa morreu em situação deplorável, por amar a lisonja (Atos, 12.21-23). O profeta Balaão perdeu-se por causa do prêmio lisonjeiro da injustiça (2Pedro, 2.15). O filho rebelde de Davi, Absalão, envaideceu-se com as lisonjas de Aitofel, e terminou morto em sua tolice.

Somente os tolos amam os falsos elogios.

Neste nosso tempo, é grande a quantidade dos que imaginam viver de aplausos e elogios lisonjeiros. A falta da exata compreensão de si mesmos é que os faz presa da estupidez. A lisonja é a enganosa capa da estupidez.

Esse mal (a lisonja) origina-se em dois tipos de pessoas: existem os que sentem enorme prazer em distribuir elogios. São pessoas carentes de afeto, as quais imaginam granjear amigos com a exposição de uma “simpatia” desnecessária. Tais pessoas, por causa da sua ingenuidade, transformam-se em indivíduos bajuladores, e em pouco tempo são vistos como desagradáveis (Provérbios, 10.19).

Por outro lado, há os que fazem da lisonja a ferramenta de sua própria maldade; pois se valem do falso elogio para alcançar seus interesses escusos (Provérbios, 6.14). Normalmente são pessoas sem qualificação para aquilo a que se propõem; assim, usam tal ferramenta diabólica, com a finalidade de bem se posicionarem junto a quem lhes esteja em situação hierárquica superior. São os que vivem a elogiar e até a presentear com mimos (em qualquer circunstância) o chefe.

Esses indivíduos não titubeiam em causar mal ao seu semelhante. O que lhes interessa é a satisfação de seus interesses a qualquer preço.

O que se alegra com o falso elogio é sempre um tolo; mas o sábio refuta prontamente a fala lisonjeira, a qual é diabólica. Paulo, quando estava em Filipos, ficou incomodado com os elogios que provinham de uma falsa profetisa; então, refutou aquela fala, expulsando o mau espírito que a subjugava. (Atos, 16.16-18).

Ev. Izaldil Tavares de Castro.

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