segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

INTOLERÂNCIA OU PRINCÍPIOS CONSOLIDADOS?

 
“... No entanto, tenho contra ti o fato de que toleras Jezabel, aquela mulher que se diz profetisa, porém, com seus ensinos ela induz meus servos à imoralidade sexual e a comerem alimentos sacrificados aos ídolos” (Ap 2.20 – destaque meu).

 

 

A palavra intolerância, nestes dias, é empregada à vontade por um grande contingente de admiradores dos desmandos morais, principalmente. Todas as pessoas que conduzem suas vidas com base em princípios morais ou éticos consagrados tornam-se catalogadas no rol dos tachados de intolerantes.

Bem, se entre os adeptos do descalabro moral se fizer a pergunta sobre o que seja tolerância, poucas respostas aproveitáveis virão. Mas chego a crer que não apreciar a insipiência, nestas épocas, também seja uma forma de intolerância.

Tolerar, na acepção em que comumente se emprega, significa compactuar, apoiar, consentir. Vale o oposto para o significado de intolerância. Segundo creem alguns, entretanto, a noção de tolerância pretende ocupar o lugar da noção de consciência, de firmeza de caráter.

Interessante para nós cristãos convictos o registro assinalado no livro do Apocalipse, relativamente a uma mensagem de Jesus Cristo à igreja localizada na cidade de Tiatira. Ali, o Senhor se desagrada de uma “tolerância” perversa.

Quanto temos sido tolerantes como cristãos? Quanto temos feito vista grossa ao crescimento do erro tanto internamente quanto externamente? Temos tido medo de praticar a intolerância contra o mal, porque a sociedade adepta da depravação vem-nos acusando de perseguir pessoas, o que, de fato, não fazemos.

O próprio Deus é tolerante para com a humanidade transgressora, uma vez que lhes dá oportunidade de conversão dos maus caminhos. “Afinal, teria Eu alguma alegria na morte do ímpio?... Ao contrário, porventura não me dá muito prazer ver o ímpio converter-se dos seus maus caminhos e viver?” (Ez 18.23). Todos somos frutos da tolerância divina, à qual chamamos de misericórdia. “A bondade do Senhor é a razão de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22). Nesse aspecto, tolerância não é consentimento, mas oportunidade para o retorno.

A nossa intolerância é a marca da nossa fidelidade ao Senhor. Ela deve ser mantida, a fim de que não soframos a advertência que sofreu a igreja de Tiatira. Todavia, não se trata de não sermos misericordiosos com os que persistem no erro. Devemos compreender todas as oportunidades que Deus lhes dá; mas, certamente, devemos manter-nos intolerantes, avessos, contrários, opositores severos de “toda prática” que desagrade o Senhor nosso Deus.

Que a cristandade abandone o conceito demoníaco de tolerância; que não aceitemos as acusações ímpias de que discriminamos pessoas. Não fazemos isso; mas as pessoas que se opõem à Palavra de Deus com suas condutas sempre serão recriminadas por seus atos, quer gostem, quer não gostem.

Sendo assim, quer aquela nação amotinada ouça, quer não lhe dê atenção, ficará sabendo que um profeta esteve entre a sua gente” (Ez 2.5).

Ev. Izaldil Tavares de Castro.

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