O homem foi criado por Deus com
a finalidade de glorificar e exaltar o poder, a majestade e a soberania divina na
condução do Universo. É obrigação humana reconhecer o senhorio de Deus sobre
todas as coisas que ele fez. O homem recebeu uma investidura do Senhor, para
cuidar da terra; isso é, foi constituído administrador dos bens terrenos
(Gênesis 1.26), os quais Deus considerou bons. “E Deus viu tudo o que havia
feito, e tudo havia ficado muito bom” (Gênesis, 1.31). Há sobre o homem uma
investidura designada por Deus.
Chama-se investidura o ato de
se atribuir ou delegar oficialmente a alguém uma responsabilidade. Um juiz tem,
por investidura, a função de julgar, um administrador tem a função de administrar,
assim como o legislador, de legislar. Investidura é o ato que separa alguém,
dando-lhe autoridade para exercer um mandato. Ninguém exerce legítima ou
legalmente uma função, se não tiver investidura para tal. Trata-se de uma
espécie de concessão. A Bíblia relata o caso dos judeus que tentaram expulsar
demônios, imitando a Paulo. Resultado: como não tinham investidura, foram
desacatados e violentamente agredidos pelo endemoninhado. (Atos, 19. 13-16).
A investidura não é apenas um
privilégio para regozijo de alguém; ela exige compromisso e resultado, da mesma
forma como qualquer empreendimento exige resultado de seu administrador. Como
virá o resultado? Resultado provém de investimento.
Se investidura é mandato, é um
ato que autoriza, investimento é a forma de perseguir os melhores resultados. O
investimento requer habilidade e bom senso para a aplicação dos recursos que
estejam ao alcance daquele que tem investidura; requer esforço para a consecução
dos objetivos propostos; demanda tempo disponível para trabalhar, a fim de que ele
consiga uma colheita satisfatória Àquele que o separou para a tarefa.
Toda investidura obriga
investimento. Jesus contou a parábola dos talentos: “... chamou seus servos e
confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro,
um; a cada um de acordo com a sua capacidade” (Mateus 25. 14-15). O texto
relata que, depois de ter viajado durante algum um tempo, aquele senhor
retornou para ver como iam os bens deixados aos cuidados dos três
administradores. O que recebera cinco talentos operou com eles e trouxe dez
talentos como resultado; o segundo apresentou também o dobro do que lhe fora
confiado; porém, o que recebera um talento só apresentou problema, queixa
contra o patrão e nenhum resultado. Os dois anteriores foram premiados
regiamente, mas o infrutuoso, que não soube valorizar a investidura, além de
perdê-la foi considerado inútil e dispensado como um condenado (Mateus 25.
14-30).
Qual deve ser a preocupação do
cristão neste mundo? Que estamos fazendo com os talentos que nos foram
confiados? Qual o resultado de investimentos será apresentado, quando o Senhor
retornar? Recebemos investidura, dada
por Jesus, que disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra.
Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu
lhes ordenei. E estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus, 28.
19-20).
A investidura nos levará à
indispensável apresentação dos resultados, não se pode abrir mão do
investimento e, dessa forma, é precioso o tempo de que dispomos. O descuido com
o tempo chama-se falta de vigilância, o que trará prejuízo na prestação de
contas. Meditemos!
Ev. Izaldil Tavares de Castro.
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