quinta-feira, 2 de julho de 2015

SAUDADE DE TEMPOS IDOS!

 Jamais desprezei o conhecimento. Sou apaixonado pelo saber (que tanta falta me faz). Sou eterno aprendiz, aluno constante; vivo à procura de aprender - dentro de minhas parcas condições intelectuais. No acompanhamento que faço dentro das lides evangélicas, no que se refere às diversas visões teológico-cristãs, observo que se vêm intensificando os debates, deixando bem claras as divergências a respeito de uma imensa quantidade de assuntos.
Isso tem seu lado bom: torna muitos crentes, de certo modo, mais bereanos: interessados em verificar se os discursos estão conformes com as Escrituras Sagrada.
Entenda-se, porém, que essa quantidade de irmãos estudiosos é muito pequena, em relação àqueles que apenas ficam à direita ou à esquerda, por simples comodidade (se é que há comodidade em não pensar): esses não pensam, não se instruem, não analisam. Que mal isso pode causar? Terrível mal!
Escolher um lado - porventura errado - da moeda, por mera comodidade intelectual, pode resultar um enorme prejuízo para a doutrina evangélica, porque escancara as portas pelas quais entra toda espécie de heresia. É o que temos visto nesses últimos anos; basta ver a quantidade de programas de rádio e de televisão, além de inúmeras "igrejas"; entre elas, algumas bem estruturadas materialmente.
Basta aparecer um pregador considerado eloquente, para que uma multidão não apenas aplauda o seu discurso, mas também passe a alimentar-se do que lhe é ofertado. Inúmeras vezes a oferta é venenosa e fatal.
Minha saudade do tempos idos busca um lado bom do passado: os crentes desconheciam a erudição - e isso não foi bom. Por outro lado, aqueles crentes estavam mais dependentes da orientação divina; e ela não falhava, porque os joelhos eram mais ocupados do que a boca.
Hoje, que tantas pessoas se dedicam ao conhecimento, aos livros: à Filosofia, às ciências da composição musical, às teologias - o que é extremamente bom - as discussões se avolumam, em detrimento da dependência do Espírito Santo e do que dizem as Escrituras. Parodiando a crítica de Jesus aos fariseus, sobre dizimar, direi: "vocês consomem montanhas de livros, mas se esquecem dos joelhos dobrados. Deviam fazer aquilo, sem descuidar disso".
Minha saudade dos tempos idos não se prende ao estado de ignorância, prende-se àquela dependência que havia da orientação divina, hoje, tão deixada em segundo plano. Tal conduta é responsável pela quantidade do rebanho perdido entre dois, três, ou mais caminhos, de acordo com a proposta mais conveniente.
Creio que é necessário que se conduzam, urgentemente, as ovelhas ao preparo intelectual (direito humano à racionalidade); mas também, alimentá-las com a boa doutrina provinda do estudo sério das Escrituras Sagradas, por meio de estudos regados a oração. Joelhos foram feitos para dobrarem-se.
Ev. Izaldil Tavares de Castro.

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