“Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque nossas vinhas estão em flor” (Ct 2. 15).
Quem não conhece a fábula da
raposa e as uvas? Trata-se de uma fábula de Esopo, parafraseada por Jean de La
Fontaine: “Certa raposa, andando pela vinha, deparou com belos cachos de uvas
no parreiral. Acontece que as uvas estavam em lugar alto, e ela não podia
alcançá-las. Então, desdenhou: Bem, mas, elas estão verdes!”.
Raposas são animais selvagens,
do grupo Canídeo, parentes dos lobos (Vulpídeos). Esses animais são omnívoros
(comem carnes e vegetais). Quando invadem uma vinha, destroem-na. É por esse
motivo que o autor de Cantares de Salomão registra a seguinte passagem: “apanhai-me
as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão
em flor” (Ct 2. 15).
O livro de Ezequiel compara os
profetas maldosos de Israel com esses animais: “Os teus profetas, ó Israel, são
como raposas nos desertos” (Ez 13. 4). Vivemos dias de raposas!
Nossas searas estão prontas
para a colheita. Há trabalho a ser realizado; entretanto, há também invasão de
raposas a destruir a plantação. Quem são essas raposas modernas?
O mesmo profeta Ezequiel
detalha que os profetas de Israel eram raposas nos desertos, porque
profetizavam falsamente. Traziam mentirosas mensagens a um povo ressequido. “Assim
diz o Senhor Jeová: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito e
coisas que não viram! [...] Veem vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem:
O Senhor disse; quando o Senhor os não enviou; e fazem que se espere o
cumprimento da palavra. [...] Portanto, diz o Senhor Jeová: Como falais vaidade
e vedes a mentira, portanto eis que eu sou contra vós, diz o Senhor Jeová...”.
Que andam fazendo entre a
plantação as raposas? Andam disseminando mentiras baseadas numa falsa
prosperidade; cospem cura de enfermidades, roubam e enganam um povo completamente
distante de Deus e lhes incutem a falsa esperança.
Misturados aos ceifeiros,
aparentam ao mundo serem trabalhadores na Obra, mas só servem para trazer
dificuldades, atrasos e até perseguições. Essas são as raposas modernas, que
infestam desde estações de rádio a canais de televisão e a mídias sociais,
envenenando a pureza e dignidade do evangelho de Jesus Cristo.
Não podemos continuar
trabalhando lado a lado com essa gente, sem que os denunciemos corajosamente,
sob pena de vermos multidões levadas ao caminho da destruição. Raposas têm que
ser enxotadas da vinha, a fim de que o mundo não nos confunda, pondo-nos todos
num mesmo barco.
Raposas propagam heresias,
insuflam situações conflituosas desnecessárias. Aplicam um falso evangelho de
discussões estéreis, enquanto arrebatam multidões para o mau caminho.
Ev. Izaldil Tavares de Castro.
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