terça-feira, 23 de junho de 2015

RAPOSAS NA SEARA!


“Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque nossas vinhas estão em flor” (Ct 2. 15).

 

Quem não conhece a fábula da raposa e as uvas? Trata-se de uma fábula de Esopo, parafraseada por Jean de La Fontaine: “Certa raposa, andando pela vinha, deparou com belos cachos de uvas no parreiral. Acontece que as uvas estavam em lugar alto, e ela não podia alcançá-las. Então, desdenhou: Bem, mas, elas estão verdes!”.

Raposas são animais selvagens, do grupo Canídeo, parentes dos lobos (Vulpídeos). Esses animais são omnívoros (comem carnes e vegetais). Quando invadem uma vinha, destroem-na. É por esse motivo que o autor de Cantares de Salomão registra a seguinte passagem: “apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor” (Ct 2. 15).

O livro de Ezequiel compara os profetas maldosos de Israel com esses animais: “Os teus profetas, ó Israel, são como raposas nos desertos” (Ez 13. 4). Vivemos dias de raposas!

Nossas searas estão prontas para a colheita. Há trabalho a ser realizado; entretanto, há também invasão de raposas a destruir a plantação. Quem são essas raposas modernas?

O mesmo profeta Ezequiel detalha que os profetas de Israel eram raposas nos desertos, porque profetizavam falsamente. Traziam mentirosas mensagens a um povo ressequido. “Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram! [...] Veem vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor os não enviou; e fazem que se espere o cumprimento da palavra. [...] Portanto, diz o Senhor Jeová: Como falais vaidade e vedes a mentira, portanto eis que eu sou contra vós, diz o Senhor Jeová...”.

Que andam fazendo entre a plantação as raposas? Andam disseminando mentiras baseadas numa falsa prosperidade; cospem cura de enfermidades, roubam e enganam um povo completamente distante de Deus e lhes incutem a falsa esperança.

Misturados aos ceifeiros, aparentam ao mundo serem trabalhadores na Obra, mas só servem para trazer dificuldades, atrasos e até perseguições. Essas são as raposas modernas, que infestam desde estações de rádio a canais de televisão e a mídias sociais, envenenando a pureza e dignidade do evangelho de Jesus Cristo.

Não podemos continuar trabalhando lado a lado com essa gente, sem que os denunciemos corajosamente, sob pena de vermos multidões levadas ao caminho da destruição. Raposas têm que ser enxotadas da vinha, a fim de que o mundo não nos confunda, pondo-nos todos num mesmo barco.

Raposas propagam heresias, insuflam situações conflituosas desnecessárias. Aplicam um falso evangelho de discussões estéreis, enquanto arrebatam multidões para o mau caminho.

Ev. Izaldil Tavares de Castro.

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