A mulher escolhida para o
casamento é a noiva. Noiva é a pessoa de quem o pretendente tem ciúme, na
melhor acepção da palavra. Jamais um noivo admitirá quem maltrate sua
escolhida, não terá piedade de quem a ofender: ela lhe é especialíssima. Essa
condição de relacionamento é tão importante, que a Bíblia traz a figura da
noiva para simbolizar a relação entre Cristo, “o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” e a Igreja, por Ele resgatada. Por isso, não é difícil
entender por que a Igreja é a Noiva de Cristo. A compreensão dessa figura de
linguagem é tão importante, que a Bíblia a usa desde o Antigo Testamento.
João Batista fez uma linda e
suave alusão à Noiva e ao Noivo: certa ocasião, pouco antes de ser preso, o
Batista reforçou para os seus seguidores a explicação de que não era ele o
Cristo; para isso usou uma bela referência à relação nupcial: “Vos mesmos sois
testemunha de que vos disse: Eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu
precursor. O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo, que está presente e o
ouve, muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois essa alegria já se
cumpriu em mim” (Jo 3. 28-29). João Batista deixou claro que não era dele a
Noiva (a Igreja que viria), mas do Noivo (o Senhor Jesus). Quem era João
Batista? Ele responde: um feliz amigo do Noivo.
Se o Noivo tem em alta
consideração a sua Noiva, seus amigos mantêm para com ela o mesmo respeito,
cuidado e consideração. Ela própria, a Noiva, tem cuidado de si, preserva-se de
modo absoluto, pois está às portas do casamento. A Igreja, amada do Senhor,
está muito perto de encontrar-se com o esposo, Jesus Cristo! Nós, participantes
dessas núpcias, temos a especialíssima condição de amigos do Noivo. “Já não vos
chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos
chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai, vos tenho dado a conhecer”
(Jo 15. 15).
O inimigo do Noivo não
considera a Noiva, por isso procura detratá-la, aviltá-la, a fim de ofender o
Noivo. Quem é o inimigo do Noivo? É o diabo. Esse procura aviltar a Noiva por
meios insidiosos.
Vivemos a proximidade das
Núpcias do Cordeiro de Deus; logo, notamos com que violência o inimigo ataca a
Igreja. Quer hostilizá-la, persegui-la, esmagá-la por todos os meios de que
dispuser. Vemos a Igreja maltratada com perseguições atrozes em várias partes
do mundo, matança indiscriminada, prisões, açoites. Mas é necessário verificar
que a afronta à Noiva não é feita somente por perseguições, cadeias e
derramamento de sangue. Há uma desleal e sutil ação maligna contra a Igreja, que
se vem incrementando, por intermédio dos falsos amigos do Noivo.
Esses falsos amigos são
asseclas de Satanás, conduzidos por ele, discípulos aplicados de suas
artimanhas, a fim de denegrir, manchar, explorar a pureza da Noiva resgatada.
Esses falsos amigos do Noivo são homens travestidos de cristãos, autopromovidos
a cargos eclesiásticos tão falsos quanto o seu próprio caráter. Homens que
ocupam os púlpitos e todos os meios de comunicação com seus discursos heréticos,
suas práticas indecentes, desonestas, picarescas.
Não pode haver prazer nos
verdadeiros amigos do Noivo, diante da avalanche de lixo que pretendem colocar
no caminho da Noiva. Os amigos do Noivo devem ter o mesmo sentimento do Noivo,
com relação ao que vem ocorrendo. Satanás não pode operar livremente em sua
sanha maldosa contra a Igreja.
Sim, cabe ao Noivo tomar as
providências; e Ele o fará com o máximo rigor. Porém imaginemos que o Noivo esteja
em viagem, e o inimigo pretenda atacar a Noiva. Os amigos do Noivo farão vistas
grossas ao fato? O noivo foi prepara lugar e deixou um recado: “Não se turbe o
vosso coração, credes em Deus; crede também em mim. Na casa de meu Pai há
muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos
lugar. E, quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para
mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (Jo 14. 1-2).
É momento de estarem atentos
os amigos do Noivo, para que não fraquejem diante das sujeiras malignas que
muitos desavisados (ou não) têm permitido; seja nos púlpitos, com mensagens
biblicamente refutáveis, seja nos cânticos chamados “gospel”, com letras e
ritmos estapafúrdios, seja através de rádio, ou de televisão.
O Mestre esclareceu que a
seara é grande, mas faltam “obreiros” para ela. Os amigos do Noivo precisam
rogar ao Pai, para que mande verdadeiros obreiros para a seara, a fim de que os
espaços no trabalho não sejam ocupados pelos falsos profetas destes tempos, claramente
infiltrados pelo maligno.
Ev. Izaldil Tavares de Castro.
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