quinta-feira, 14 de maio de 2015

VOCÊ GOSTA DE FICAR BEM NA FITA?

Uma das grandes preocupações das pessoas, em todos os setores da vida é bem impressionar àqueles que, possivelmente, estão em posição hierárquica destacada, indivíduos influentes no meio, os quais podem oferecer alguma mais-valia, só pela relação de proximidade que com eles se possa ter.
Poucos são os que por força de um caráter firme dispensam contar com o cortês cumprimento de alguém importante. Gostam da foto!
Nas empresas deste país, em cada canto, é possível encontrar os dependentes da importância, os quais, a fim de atingir seus inalcançáveis objetivos, não titubeiam em usar os mais reles expedientes. Mas, se isso acontecesse apenas na vida corporativa, quase que seria compreensível: neste mundo, o homem precisa destacar-se.
O grande mal é que a praga da bajulação, do interesse recôndito, alcançou um número expressivo de cristãos que, na convivência em suas comunidades ou igrejas, buscam a todo custo estar "bem na fita" com suas ditas lideranças.
Claro que faz parte do caráter de um bom líder identificar essas figuras pegajosas e interesseiras, a fim de colocá-las no devido lugar. Todavia, grande parte dos "líderes" carregam o defeito horroroso de estimar a bajulação, fazendo aumentar a concorrência entre os bajuladores.
Os maus líderes atribuem a essa espécie indecorosa os cargos mais importantes, também porque assim se consideram seguros na sua "liderança". Na verdade, quanto mais servil for o indivíduo, mais apropriado para assumir os cargos circunstantes; mas também, mais perigoso.
Muitos gabinetes pastorais vivem ocupados por espécimes dessa natureza: nada têm para fazer, mas lá estão a elogiar qualquer coisa que o "chefe" tenha pensado. É aquele que imita o cômico da televisão: diz "saúde" antes que o chefe espirre. Bem, mas se espirrar o abnegado já lhe desejou a saúde!
Conheço um renomado pastor que tem um "slogan": quem não comparece não aparece! Isso convoca que tipo de gente? Digam-me!
Pessoalmente, tenho aversão a tais indivíduos, exatamente por ver que são homens de caráter fraco, incapazes de sua própria opinião, indecisos de raciocínio, os quais com nada contribuem para o engrandecimento de qualquer empreendimento. São parasitas dos projetos alheios, sanguessugas do esforço de terceiros. Pior ainda, quando se trata de atividade eclesiástica.
Se você vê como extremamente importante ser "amigo pessoal" do chefe, ou do seu líder religioso, se ama "estar bem na fita", é bom sondar o seu caráter. Se o seu líder demonstra apreciar esse tipo de conduta, tenha certeza de que o caráter dele também não é confiável.
Izaldil Tavares de Castro

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