Izaldil Tavares de Castro.
Oportunidade é
aquele momento único, específico, impossível de se repetir e próprio para a
execução de um objetivo ou para a consecução de um resultado. A oportunidade
jamais se repete; perdido o momento, nada mais há que se possa fazer. Muitas
vezes, pensamos que ela se repete, mas isso é enganoso; pois, as circunstâncias
da nova ocorrência já serão outras. Perder-se a oportunidade que se apresenta
para determinado fim equivale a perder-se a hora do embarque no aeroporto.
Pode-se pegar um outro voo; nunca o perdido.
No que se
refere às coisas de Deus, a situação não é diferente. A vida cristã oferece
inúmeras oportunidades de bem servir ao Senhor: no decorrer do dia podemos
anunciar Jesus aos descrentes, podemos estar em constante oração, podemos
assumir atitude de louvor e adoração constantes àquele que nos resgatou das
trevas. Podemos, ainda, praticar as boas obras, orando pelos irmãos, pela
Igreja do Senhor na Terra, com prioridade, pelos perseguidos por causa do
Evangelho. Entretanto, a bem da verdade, falhamos de modo grosseiro em tudo isso.
Há necessidade de que o Senhor nos incomode com relação a esse dado.
Por outro
lado, convém meditar em nossa atuação nos momentos de culto a Deus, na
congregação. Ali nos reunimos, cantamos, sentimo-nos alegres; mas, inúmeras
vezes estamos “no lado de fora”, longe do objetivo que nos reuniu, ainda que no
conjunto nada transpareça. Participamos do momento alegre daqueles que realmente
estão em sintonia com a adoração a Deus, entretanto, estamos “no lado de fora”,
como quem sabe onde há uma festa, e canta, e pula como se dela participasse,
mas está “no lado de fora”.
Quando Jesus
passava pelas ruas, muita gente o acompanhava, a multidão gritava, seguia
adiante, mas no alto da figueira estava Zaqueu: ele, sim, “queria ver Jesus” de
verdade. Ele notou a oportunidade e não a desprezou. A mulher que tinha
hemorragia não estava “no lado de fora”: no meio da multidão, buscou a
oportunidade e tocou nas vestes do Mestre, obtendo, assim, aquilo de que
precisava. O cego de Jericó não se importou com a multidão, ele queria alcançar
aquele a quem todos seguiam: não desprezou a oportunidade..
Que fazemos
nós no ambiente do culto a Deus? Somos um Zaqueu? Uma mulher hemorrágica? Um
cego em busca da bênção? Seremos, por acaso, um pai, como Jairo?
Seremos um Eliseu: interessado na
porção dobrada do Espírito de Elias? Ou apenas fazemos parte da multidão que
caminha, levada pela curiosidade ou pelo costume? Jesus disse que é chegada a
hora em que os verdadeiros adoradores o adoram em espírito e em verdade!
É hora de
sairmos da multidão, porque somos indivíduos, cada um tem a sua própria
responsabilidade diante de Deus. O Bom Pastor trata de cada ovelha; logo, cada ovelha tem compromisso pessoal com o
Mestre. As ovelhas do Senhor ouvem a sua voz e o seguem. Quem segue não se
distrai, pois pode perder o rumo. Aquele que segue não perde a oportunidade.
Claro que essa
atitude não exclui a comunhão; ao contrário, ela é que estabelece a verdadeira
comunhão entre aqueles que não desprezam a oportunidade. A verdadeira comunhão
também completa a ordem de Jesus: “... que vos ameis uns aos outros.” Os que se
amam comungam, porque estão voltados para a oportunidade que o próprio Deus
lhes dá.
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