Introdução.
Este texto não visa a
buscar profundas discussões de natureza teológica, filosófica ou social e,
menos ainda, científica. Trata-se, portanto de uma singela abordagem da questão
do homossexualismo, que tantas discussões tem provocado nas últimas décadas.
A condição que aqui
se coloca para uma abordagem do tema é: deve-se dar ouvidos ao que a Bíblia
expõe sobre a origem do ser humano e suas características, e não, aos diversos
pareceres que a contrariam, ainda que alguns pareçam apoiados nas mais
aceitáveis provas científicas. Se prevalecer o pressuposto, é importante que se
continue o assunto; senão, o melhor é ficar-se por aqui mesmo.
Entretanto, se nos
consideramos, de fato, cristãos, esta exposição necessariamente deve
prosseguir. Desistam da leitura os que darão ouvidos às proposições ditas científicas
em detrimento da Bíblia Sagrada.
1.
Darwin e a Bíblia.
A Bíblia Sagrada não
corrobora a Teoria da Evolução, uma “teoria” que, segundo Charles Darwin,
afirma ser o homem atual resultado da evolução de espécies menos hábeis. Para o
estudioso inglês e seus seguidores, de um “quase nada” vimos “progredindo” até
aqui.
Como a Bíblia não
endossa isso? Leia-se no livro de Gênesis, 1.26. Portanto, em consonância com a
Bíblia, Deus, o Senhor Altíssimo, criou todas as coisas e fez o homem, já homem
– A Bíblia não diz que Deus fez qualquer animal a caminho de aperfeiçoamento;
mas, à imagem da Trindade, conforme a sua semelhança.
Quanto à questão do
gênero, foi criado primeiro o ser masculino, Adão, do qual foi formada a mulher,
Eva, posteriormente. Deus criou um ser masculino e um ser feminino (Gn 1.27). Proveu-os
da capacidade procriadora; fez deles o primeiro casal; obviamente, heterossexual. Qualquer ser intermediário
a essa condição constitui distorção ou falha da natureza, ou, talvez, desvio
moral nos seres morais.
Toda a Natureza se
achou em estado degradado, após o pecado do primeiro casal. “E
a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore
que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti;
com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos produzirá, e
comerás a erva do campo...” (Gn 3.17-18).
No capítulo 1, diz o
versículo 31, que Deus viu tudo quanto tinha feito e tudo era muito bom! O que
Deus fez era muito bom; mas o homem, Adão, por causa da desobediência, “infectou”
com o pecado toda a boa criação divina, inclusive a si próprio. O pecado afastou a criação e a criatura do
Criador; assim ela se fez desordenada.
Depois do triste
episódio, a consequência foi uma natureza contorcida, violenta, destruidora.
Com o pecado veio o primeiro assassinato e toda espécie de desgraça: a pilhagem
ou roubo, as guerras, a idolatria, as incompreensões. O ser humano tornou-se
sensual e não se conteve em boa sexualidade; mas a tornou, muitas vezes,
imoral, promíscua, depravada e vil.
O apóstolo Paulo diz:
“... do céu se manifesta a ira de Deus
sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;...”
(Rm 1.18). O homossexualismo transforma a verdade da
criação de Deus em injustiça, isto é, em falsificação, em mentira. O preço,
todavia, é caro: “Dizendo-se sábios,
tornaram-se loucos. E mudaram a glória de Deus incorruptível em semelhança de
imagem de homem corruptível... Pelo que também Deus os entregou às
concupiscências de seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre
si, pois mudaram a verdade de Deus em mentira... Pelo
que Deus os abandonou às paixões infames...” (Rm 1. 23-32). Aí está o que a
Bíblia informa sobre o homossexualismo, tão aplaudido em nosso tempo.
Os eventos climáticos
desordenados, as doenças, os crimes, os comportamentos sociais depravados
apontam para uma Natureza em desgraça por causa do pecado. A vontade de Deus
foi relegada ao esquecimento, nenhum valor foi dado aos planos de Deus, relativamente
à humanidade. O profeta Jeremias profetiza: “Porque eu bem sei o que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz
e não de mal...”. (Jr 29.11). O homem usou o seu livre arbítrio para
desonrar ao Senhor.
3. O
que mantém viva a humanidade?
Todas as páginas da
Bíblia apontam para uma misericórdia tão infinita que não há capacidade humana
para explicá-la: é a inimaginável misericórdia de Deus. Misericórdia é uma das
formas do Amor. Enquanto um dos aspectos do Amor é o afeto, o aconchego ao
peito, o zelo irrepreensível, a misericórdia éa forma do Amor que sofre a dor
da miserabilidade alheia.
Ser misericordioso é
ser compreensivo diante da miséria alheia. Ser misericordioso significa não
cobrar o preço devido, e ainda dar possibilidade de crédito ao devedor.
O profeta Jeremias
diz em suas Lamentações : “As misericórdias do Senhor são a causa de
não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.
22).
Nenhuma das páginas
das Escrituras Sagradas nega essas tão grandes misericórdias de Deus. Eis a
razão da manutenção deste mundo. Ainda que se apontem as desgraças que ocorrem
século após século, sobrepuja sempre a misericórdia do Altíssimo. O apóstolo
Paulo diz que “onde abundou o pecado a graça (misericórdia) superabundou” (Rm 5.20).
Conclusão.
Ainda que o homem se
mostre tão desviado e desvirtuado do caminho do Bem, proposto por Deus, ele
recebe a cada dia a sua porção de vida e a oportunidade de regresso ao lar, por
meio do arrependimento, como fez o filho pródigo (Lc 15.11-32). Deus não faz
uma lista classificatória de pecados humanos: todo pecado ofende à Santidade de
Deus.
Há pecados que chocam
mais a uma parcela da sociedade, por sua natureza ferina aos códigos éticos e
morais. Esses pecados tão graves também estão na lista dos perdoáveis, porque
Jesus Cristo pagou o preço de todos os nossos pecados na cruz do Gólgota. Ele é
Poderoso e o Único que tira do homem toda mancha. (Jo 1. 36). Glória ao nome
eterno do Senhor Jesus!
A Bíblia mostra o
caminho para todo pecador: a cruz. A cruz marcou aquele que salva o mentiroso,
o ladrão, o agressor, o idólatra e todo carnal.
O homossexualismo é
pecado! Por isso, todos os homossexuais necessitam da salvação que há em
Cristo, ou se colocarão, por sua conta e risco, no caminho da perdição eterna,
juntamente com todos os demais pecadores que não se arrependeram.
“Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Ev. Izaldil Tavares de Castro
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