Subjugado o raciocínio, o homem
passa a buscar soluções no emocional, o que passa a ser um perigo. O emocional
estimula a autopreservação, em detrimento do próximo. É o que vivemos em todas
as circunstâncias da vida moderna. No trânsito de automóveis o espaço nos
pertence e jamais cabe o outro; nos assentos dos coletivos, pouco me interessam
lugares reservados, velhos são pessoas que atrapalham tudo.
Quando se trata de autoridade, o
subjetivismo torna-se rubro, fica raivoso, grosseiro, pois o indivíduo não aceita
determinações, foge da cooperação, personaliza-se. É a cultura do “ninguém
manda em mim”. Por que a família, as comunidades religiosas, as instituições de
ensino estão em crise? Porque impera a malvada lei do subjetivismo. Essa lei não
tem argumentos, as coisas são assim “porque eu acho”.
O homem é, de fato, dual:
racional e emotivo, e esses polos não podem sobrepor-se um ao outro. Logo, a
desestruturação dessa composição é que gera a excessiva racionalidade de uns,
tornando-os absolutamente insensíveis à vida e ao próximo, ou a excessiva
subjetividade, que torna o indivíduo suscetível às suas mais variadas imaginações.
Enquanto aqueles ignoram as circunstâncias, pois se veem acima delas, esses amam
e odeiam com a mesma facilidade, porque para seu “sentimento” não há explicação
plausível.
Não devo continuar minha
intromissão em seara alheia, quando me faltam os recursos técnicos ou
científicos para essa abordagem. O que registrei é fruto da minha ampliação dos
estudos feitos nos bancos acadêmicos, em Psicologia da Educação e da observação
nos relacionamentos sociais, dentro de que convivo profissionalmente. Mas não é
essa a razão da página.
Considero que o arbítrio humano é
limitado. Já no Édem o homem deveria entender o que é a limitação para seus
atos. Perdeu-se da direção divina, ficando exposto à manipulação satânica.
A primeira atitude do diabo
contra a humanidade foi atingir-lhe o cérebro: o pensamento. Encontrou espaço e
dali não saiu mais, geração após geração. Constatação: o cérebro humano ficou
submetido ao interesse do mal. Para isso ocorreu o desequilíbrio entre o
racional e o emocional.
Aí, acredito, a razão para muitos
eventos que nos desconcertam, como é o suicídio. O diabo provoca o suicídio,
quando consegue dominar todo o emocional de sua vítima. Por isso o suicida não
vê possibilidade de retomada do caminho, não vê possibilidade de ajuda, não se
comove com os que o amam. O suicida entra numa situação de autocomiseração até
o ponto de dar cabo da sua “inútil” existência terrena. O diabo vai cercando
sua vítima aos poucos, vai enchendo-a de desesperança, de uma muda solidão,
vai-lhe escurecendo a estrada da vida, até que, de um bote, arranca-lhe a vida.
“Porque o salário do pecado é a
morte; mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso
Senhor” (Rm 6.23).
Onde está o resgate para o
suicida. Ora, já não há. Onde está o resgate para quem demonstra desequilíbrio
emocional? Para a questão psicológica, a Psicologia está apta a fazer
acompanhamento que reconduza ao equilíbrio. Para os casos mais graves, a Medicina
psiquiátrica com a farmacologia oferece recursos. Não devemos descuidar desses
tratamentos. O Mal, quando não produz a enfermidade, procura usá-la para
destruição. Portanto, pensemos em curar os nossos enfermos.
Quando o Mal se aproveita do
pensamento (cérebro), gerando o desequilíbrio já mencionado, a cura está na
luta contra as forças maléficas, por meio da atenção à Palavra de Deus, ao reconhecimento
de que todo homem é pecador e carente da reconciliação com Deus. Essa
reconciliação e, consequentemente, o reequilíbrio, a cura, virá por intermédio
de Jesus Cristo, único e suficiente salvador daquele que o aceitar.
Jesus é o equilíbrio da vida
humana. Ele é “o caminho, e a verdade e a vida” (João 14.6).
Amém! Excelente! Não há mais o que dizer.
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