quarta-feira, 11 de setembro de 2013

BATER NOS FILHOS? PODE?

De acordo com o que diz a Bíblia pode! Calma! Vamos examinar. Que passagens da Bíblia podem ser entendidas com uma autorização para “bater” nos filhos? Vamos à leitura delas:

“A falta de bom senso está ligada ao coração do menino; mas a vara da correção a afugentará dele.” (Provérbios (de Salomão) 22.15.

“A vara e a repreensão dão sabedoria; mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe” (Pv 29.15).

“O que retém a sua vara aborrece a seu filho; mas o que o ama a seu tempo o castiga” (Pv 13.24)

“Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija?” (Hebreus,  12.7)

“Além do que tivemos nossos pais, segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos;...” (Hb 12.9).

À primeira vista, e lidas de modo desavisado as passagens transcritas podem servir de argumento para justificar a atuação de pais violentos. Todavia, não há no contexto bíblico nenhuma incitação à violência - ato gratuito de agressão física ou psicológica ou interesses ideológicos . Grande parte dos textos bíblicos, mormente os poéticos (Salmos, Cantares de Salomão) ou os sapienciais (Provérbios de Salomão, Eclesiastes), valem-se de linguagem figurada (expressões literárias). Essas requerem interpretação dentro do seu contexto.

As passagens levantadas deixam bem clara a orientação para que se eduquem as crianças com autoridade, daí o uso insistente da palavra “vara”. Ora, convém observar que essa palavra está  empregada mais em o sentido conotativo, figurado, simbólico do que em sentido literal, denotativo. Vara é símbolo de autoridade, de castigo ou repreensão, tanto quanto espada é símbolo de justiça e cruz representa o cristianismo. É uma sinédoque. Enfim, deve-se notar que a Bíblia impõe aos pais o dever de corrigir o trajeto de seus filhos com “vara”.

O tom imperativo das passagens mencionadas reserva aos pais essa obrigação. A quem cabe a educação da criança? Modernamente, essa tarefa tem sido delegada às cuidadoras de crianças (babás) ou à escola. Claro que a função da escola é colaborar com a educação da criança, ampliando os horizontes dessa educação, para o convívio social. Mas, indispensavelmente, a tarefa está delegada aos pais, à família, hoje vilipendiada.

Estamos sob um governo autoritário e interveniente nas relações familiares. Essa interveniência é maléfica já a partir de que é dado a cada família o direito de administrar suas convicções morais éticas ou religiosas, sem desrespeito à Lei maior deste país. Não é necessária uma lei que se torne “os olhos do Grande Irmão” sobre as famílias. É necessário que o governo se empenhe na escolaridade formadora de bons cidadãos, os quais gerarão boas famílias.

A intenção escusa do partido que ora governa o país é a desagregação familiar, para transformar o Brasil numa terra de libertinagem, como se observa naquilo que sugerem certos canais de televisão, com seus sórdidos programas, com uma mídia dissociada dos interesses familiares, haja vista a ênfase dada aos eventos que marcam a irreverência, o desrespeito, a sexualidade explícita e mal conduzida. Isso é o que pretende o governo brasileiro atual, apoiado por “artistas” decadentes e de passado criticável.

Claro que não há necessidade de uma lei específica para o assunto; pois corrigir o filho com “vara” é educá-lo sob autoridade (até mesmo com uma palmada!). O que se deve punir com o máximo rigor (máximo rigor é o que nossos juízes têm desprezado) é a agressão física ou psicológica, seja contra criança ou contra adulto. O juiz que use a “vara”!

2 comentários:

  1. Já vi ensinadores usando o texto para justificar o uso literal da surra como apenamento. Concordo plenamente com o prof. Tavares. Tenho 4 filhos adultos, 3 casados e nunca usei qualquer tipo de apenamento para disciplina-los. Meu pai usava e como sabia usar, rssss.

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