Composições musicais
não envelhecem: atravessam os séculos e marcam épocas que evidenciam um estado
de espírito humano. Os “clássicos” que atestem essa afirmação. As composições
literárias também se mantêm marcantes ainda depois de o mundo sofrer suas
transformações inevitáveis. Os hinos pátrios envelhecem? Troca-se o Hino
Nacional ou altera-se o Hino à Bandeira? Sem dúvida, não!
Pois bem, falemos dos
hinários das igrejas evangélicas no Brasil. Esses hinários representam a
coletânea de louvores e adoração a Deus, utilizados desde os primeiros cultos.
A maioria é tradução de letras européias ou americanas.
A Igreja Assembleia
de Deus, genuína, adotou a Harpa Cristã como hinário oficial. Sua edição mais antiga
traz 524 hinos; dois ou três deles sempre entoados nos cultos, desde o início
do século passado. Suas partituras inspiraram santo fervor a maestros e
compositores os quais executaram com brilhantismo nas suas orquestras e
bandas*.
Além de as composições
musicais serem sempre belas, as letras são inspiradas pelo Espírito Santo e
nunca deixaram de falar aos corações. Há inúmeros testemunhos de pessoas que se
converteram a Cristo, por terem ouvido um dos hinos cantados na igreja. Hinos
também são instrumentos para pescar almas!
A maioria do irmãos
mais antigos sabe (sabia) de cor uma apreciável quantidade de hinos da “Harpa”,
o que, em nossos dias, já não acontece, infelizmente.
Há crentes, hoje, que
desconhecem absolutamente o hinário de sua igreja, tanto quanto desconhecem as
letras dos Hinos Pátrios! Por um lado, falta de apreço por sua denominação; por
outro, falta de civismo.
Em muitos cultos
surgiram “levitas” (já não há levitas, menos ainda entre os não-judeus!) que
conhecem toda a discografia “gospel” e, munidos de “play back” põem-se a
representar nos cultos. Pergunte-se à maioria deles qual é o hino 15, da Harpa
Cristã! Indaguem sobre uma estrofe do hino 200! Não se espere resposta; eles
carecem de ensino a respeito da atividade de louvor na igreja.
Na verdade, não me
estou insurgindo contra os conjuntos modernos. Grande parte deles é dedicada à
verdadeira adoração, são crentes de oração, de jejum, de ensaios sérios e,
dependendo da direção da igreja, conhecem o hinário oficial.
Meu desejo é resgatar
a honra dos hinários oficiais, a Harpa Cristã não pode ser um “livrinho de
hinos chatos, antigos e desconhecidos” é, sim, um hinário que seleciona canções
inspiradas de adoração a Deus, compostas por homens que dedicaram suas vidas à
pregação do Evangelho em tempos de apedrejamento, de perseguição, de vida
humilde e (formosos) pés empoeirados pelas estradas desse imenso Brasil.
É hora de mostrar aos
“assembleianos” destes dias a beleza dos hinos que fizeram a História dessa
igreja tupiniquim.
*As
bandas aqui referidas não são conjuntos de instrumentos eletrônicos. São
formadas por instrumentos de sopro (metais e madeiras).
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