O último sábado contemplou, sem qualquer interesse por parte da mídia mais notória, um evento que reuniu milhares de pessoas na cidade de São Paulo. Trata-se da conhecida Marcha para Jesus. Muitos pontos merecem apreço com relação a tal evento; seja do ponto de vista político, seja do ponto de vista religioso. Mas, não se devem misturar assuntos. Por isso, quanto ao ponto de vista político, é necessário registrar uma pergunta apenas: Por que, na principal avenida de São Paulo, pode haver "Parada Gay", mas não pode haver evento de natureza evangélica? Perguntar não ofende!
Por outro lado, minha intenção é ressaltar algumas considerações relativas ao aspecto religioso do evento.
Sem dúvida, discordo do propósito evidente daqueles que promovem a "Marcha". Tais propósitos passam longe de enaltecer o Nome do Senhor Jesus; já que é indisfarçável o interesse vaidoso dos principais organizadores, exatamente o casal "apostólico", Estêvão e Sônia Hernandes.
O referido casal, há anos, tomou para si a "glória" do evento, transformando-o em uma "Marcha para os Hernandes e seus Cantores Gospel". Trata-se de líderes que não têm pejo de se aproveitar de quaisquer oportunidades que lhes rendam dinheiro e/ou fama (fama?). Atrás deles, uma massa de "crentes neles", evidenciando a triste carência de conhecimento bíblico nesta nação. Vê-se uma multidão desconhecedora da Palavra de Deus, em sua essência, desconhecedora do verdadeiro poder do Evangelho.
Com isso, a maioria desses líderes (apóstolos, bispos, missionários e tantos outros) criaram sua própria massa de manobra, oferecendo a ela uma religiosidade semi-idólatra, já que ela passa a reverenciar um "Jesus virtual": não há uma imagerm material; há a concepção de um "Jesus" que não representa o Verdadeiro Deus. Portanto, uma forma de "cristolatria", prontinha para render lucros aos interessados.
Esses lucros rendem gordos dividendos políticos - daí a presença do Senhor Governador do Estado - dividendos de fama - daí a presença de muitas lideranças "evangélicas" e de bandas e cantores "gospel".
Não me digam que o episódio da oração com imposição de mãos sobre Geraldo Alkmin, passa longe da busca desses dividendos interesseiros. Alegar-se que o Governador do Estado é cristão é, no mínimo, agir-se com inocência! Ele se intitula cristão, mas não se mostra seguidor dos princípios do evangelho. Sua presença vai além de protocolar (estará junto do Papa) e, se houver um considerável evento não cristão ele, também, lá estará. É a busca dos dividendos políticos.
Por outro lado, a vaidade do casal "apostólico" se acrescenta. Os cantores "gospel" também levam o seu quinhão, na vendagem de material. Até os vendedores de água e refrigerante levam o seu!
Marcha para quem? O Senhor não precisa de povo nas ruas, manifestanto um momento religioso. Há necessidade de "verdadeiros adoradores" (aqueles que O adoram em Espírito e em Verdade). Há necessidade de cidadãos do Céu, que apresentem ao mundo um modo de vida exemplar. Há necessidade URGENTE de crentes que conheçam a Palavra de Deus, por serem pessoas estudiosas da Bíblia ee oração. Onde estão esses?
Perfeitamente professor!
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