segunda-feira, 1 de abril de 2013

A FALTA DE ESTRATÉGIA NO EVANGELISMO

Vivemos uma época de inoperância evangelística. São grandes os problemas na propagação das Boas Novas. Não se trata de que não se anuncie essa bênção para a humanidade; mas, da falta de estratégias para atingir resultados apreciáveis. Não há desenvolvimento das possibilidades de conquista, pelo menos, do ponto de vista humano.
Claro que o evangelista tem que estar preparado espiritualmente, em constante oração e estudo da Palavra de Deus. Mas há, também, a parte humana a ser considerada.
O pregador (anunciador) do evangelho é um "public-relations"; apresenta aos homens o que eles podem ter de mais importante. Não há evangelismo eficiente sem a participação do homem, porque a ele cabe o trabalho pelo qual os anjos anseiam.
Daniel, jovem douto, conversou com o eunuco que cuidava da alimentação dos rapazes hebreus, a fim de apresentar-lhe o poder do Deus de Israel, sobre suas vidas. O apóstolo Pedro, ainda que indouto, ao deparar com o paralítico que lhe pedia esmola, não apenas lhe negou a oferta (já que não a tinha), mas, valeu-se da ocasião para lhe dar o que tinha: muito melhor do que qualquer moeda. Talvez ele tenha conversado com o paralítico. O texto íblico resume a fala, mas é possível que tenha havido uma conversa mais longa; então, Pedro disse que tinha algo melhor para lhe dar: a cura, em nome de Jesus. O próprio Senhor Jesus, em geral, dialogou com aqueles que dele se aproximavam.
Paulo foi um estrategista que não perdia oportunidade de achar caminho para o evangelismo. Até um altar vazio lhe serviu como um dos melhores pretextos evangelísticos. A Bíblia, no Antigo Testamento, refere a história de um pregador sem sucesso, porque não tinha estratégias: Jonas.
Ouve-se, nas igrejas, pessoas que dizem não ter dom para evangelizar. Primeiro: essa atividade não depende do dom que se tenha, mas de obediência a uma ordem do Senhor Jesus: "Ide!". Segundo: todo crente precisa aperfeiçoar o seu dom. Assim, é necessário que haja nas igrejas um interesse grandioso pelo preparo de "obreiros de rua": aqueles cujo púlpito são as oportunidades cavadas no trabalho profissional, nos contatos sociais etc.
Ora, o "obreiro de rua" ao qual me refiro não é o que fica a gritar nas praças, com uma Bíblia na mão: isso não é estratégia, é escândalo. O "obreiro de rua" vislumbra uma situação no seu ambiente de trabalho; numa condução, ou em qualquer circunstância em que veja um "altar ao Deus desconhecido" . É necessária  a percepção apurada e uso da melhor estratégia, a fim de não perder a oportunidade.
Muito já se ouviu dizer: "Se você não tem dom para falar, entregue um folheto"  (e suma dali?). Ora, se você não tem "dom para falar", como é que se relaciona socialmente? Como conversa com amigos e parentes e, até, com desconhecidos? O que se precisa é de treinamento!
A situação em que o mundo está exige a formação de um verdadeiro exército de "obreiros de rua", dia e noite anunciando o evangelho de Cristo. Estamos dormindo sob a aboboreira, mas ela morrerá e o sol nos queimará a cabeça. Os ímpios serão condenados, mas também o serão os omissos. A hora é de sermos atualizados, preparados, bem informados socialmente, equilibrados nas palavras, possuidores de uma linguagem relativamente correta (sem afetações ou demonstrações de erudição). É urgente o despertamento da percepção das oportunidades.
Todo ministério deve viver preocupado com essa tarefa. Todo crente é um soldado que deve estar interessado no preparo, para sair em campo na luta contra o mal. Contra o mal, mas não contra as pessoas. Essas devem ser conquistadas pela nossa postura especial e sabedoria espiritual e humana.

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