domingo, 9 de janeiro de 2011

PROBLEMAS COM A LÍNGUA XI

Um dos problemas que mais afetam o falar e o escrever é a concordância verbal. Isso ocorre, principalmente, quando está em jogo um dos verbos chamados impessoais. A rigor, todo verbo seria pessoal, já que, flexionado (conjugado) denota sempre uma pessoa gramatical.
As pessoas gramaticais se representam pelos pronomes retos/sujeitos: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Os verbos, de modo geral, assumem uma forma exclusiva, para estar em concordância com tais pronomes.
Ocorre que, também de modo geral, os verbos impessoais permanecem na terceira pessoa do singular e, aí, aparece o problema. Consideremos um caso: é impessoal o verbo “haver”, em situações específicas.
Esse verbo é impessoal quando substitui os verbos “existir”, “ocorrer” e “estar”. Nesses casos, não há sujeito, portanto, não há possibilidade de forma pluralizada, incluindo o verbo auxiliar, se houver. Os modelos seguintes devem esclarecer o assunto.

Existiu um grande rio. / Existiam vários grandes rios.

Note a pluralização do verbo existir, por força da concordância.

Houve um grande rio. / Houve vários grandes rios.

Note a permanência do verbo haver na terceira pessoa do singular.

Veja a construção com um verbo auxiliar:

Deve existir um rio. / Devem existir alguns rios.

O verbo auxiliar (dever) atende à concordância.

Deve haver um rio. / Deve haver alguns rios.

O verbo auxiliar permanece na 3ª pessoa do singular).

Noutra postagem falarei sobre o verbo impessoal: “fazer”. Certo?

Um comentário:

  1. Muio bom, irmão Tavares! É muito difícil para quem não domina a nossa gramática demonstrar um texto de forma escorreita, sem nenhum erro gramatical, face à complexidade que o português prima. Não sei porque se cria tantas regras! E o pior é que a última reforma complicou mais ainda!
    Um abraço!

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