sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DEUS PROCURA HOMENS QUE CAUSEM IMPACTO

Em geral, não me afino bem com a palavra impacto; entretanto, às vezes ela pode ser a melhor escolha para o que se vai dizer. Não é raro, no meio evangélico — mormente no pentecostal pós-moderno — o uso abundante desse verbo. Há inúmeros crentes impactados! Depende, porém, do que lhes causa essa sensação! Muita coisa pode produzi-la: uma notícia, a dinâmica de um evento, a compreensão repentina de uma mensagem, o carisma de um orador, uma decisão governamental. Enfim, impactar é surpreender, causar espanto; é produzir um abalo repentino, inesperado. Logo, desse ponto de vista, o que se repete com frequência já não impacta; não surpreende e, por sua vez, aquilo que é esperado também não impacta.
Pode ser impactante um modo de agir ou de pensar distinto daquele exposto pela média da sociedade. Portanto, existirão impactos saudáveis e impactos nocivos. Não vou me prender, agora, a considerações sobre as possibilidades de impactos nocivos, ainda que haja muitas. Convém procurar as possibilidades de impactos saudáveis, das quais o mundo tem fome e sede.
A pregação do Evangelho precisa abalar (palavra a que dou preferência) as estruturas corrompidas e putrefatas de uma sociedade acomodada e adormecida no maligno. A disseminação do Evangelho de Cristo deve buscar estratégias que assombrem os carentes de conhecimento de Deus; além de remover a cegueira promovida pela vida mundana aos que já provaram a água cristalina da salvação.
Ora, para que tal aconteça, é indispensável que se levante uma geração de homens causadores de impactos. Esses levarão a surpresa aos dormentes, causarão o espanto aos indolentes e produzirão os impactos saudáveis neste mundo.
O apóstolo Paulo, outrora, um desses homens que causam impactos saudáveis, conclui que “... todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Entretanto, levanta a questão: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? (Rm 10: 13-14). Paulo busca companheiros que causam impacto saudável! A sequência do raciocínio paulino atenta para uma competência necessária a homens que causam esse impacto. Serem enviados.
“E como pregarão, se não forem enviados? (v. 15). Quem, a priori, os envia? O próprio Senhor Deus, que (para Israel) enviou a mensagem por intermédio de Moisés e atendeu à prontidão de Isaias: “Então disse eu: eis-me aqui; envia-me a mim. “(Is 6: 8). Os profetas causaram impacto entre as nações.
“E chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e curarem toda enfermidade e todo mal. (...) Jesus enviou estes doze... e, indo, pregai dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios...” (Mt 10: 1-8). Os discípulos causaram impacto!
A História da Igreja faz referências a muitos homens que causaram impacto no mundo: os discípulos, Estevão, Filipe, Paulo, Barnabé. Os séculos seguintes (até nesta geração) também têm suas listas desses servos de Deus.
A Igreja deste tempo necessita mais e mais de homens decididos a fazer a obra; necessita de homens que, como Isaias, se disponham a ser enviados, para que — por meio da utilização de todos os recursos disponíveis — consigam ganhar muitas almas para o Reino celestial.
Alguns homens enviados para causar impactos saudáveis entram pessoalmente no campo de batalha; outros, não menos importantes, provêem-lhes os recursos materiais para que o impacto seja grande; outros, ainda, cobrem-nos com suas intensas orações durante as madrugadas.
Muitos homens que causam impactos saudáveis no mundo mantêm-se anônimos porque sabem que estão na lista gloriosa dos mais que vencedores por Cristo Jesus.
“... rogai, pois, ao Senhor da seara, que envie obreiros para a sua seara”. (Lc 10: 2). Obreiros têm de causar impactos saudáveis!

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