quarta-feira, 10 de agosto de 2022

CONFIANÇA E FIDELIDADE



 

“Tu és Senhor, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão. E achaste o seu coração fiel perante ti e fizeste com ele o concerto, que lhe darias a terra dos cananeus, e dos heteus, e dos amorreus, e dos fereseus, e dos jebuseus, e dos girgaseus, para dares à sua semente; e confirmaste as tuas palavras, porquanto és justo.” (Ne 9.7-8. ARC)

 

Introdução 

 

Confiança e fidelidade são duas palavras frequentes entre os cristãos de todas as denominações que se denominam evangélicas, estejam elas adequadas a esse nome, ou não. Todavia - e é até explicável - palavras e expressões de alta frequência no falar cotidiano vão, aos poucos, perdendo o seu sentido mais importante e, não raro distorcidos, tal como o uso habitual do perfume esvazia-lhe a fragrância, por causa da sua volatilidade.

 

Percebe-se que confiança e fidelidade já expressam, desde o Éden, a forte relação que foi estabelecida pelo Deus Criador com a sua criatura, o homem. O Criador exigiu fidelidade ao homem; então, a confiança absoluta em Deus e nas suas determinações seria o pré-requisito para que se comprovasse a fidelidade.

 

Tem-se, portanto, que a fidelidade é comprovada pela confiança; Sem essa virtude não há fidelidade. Pela falta de confiança na palavra de Deus, Adão foi levado à infidelidade, consequentemente, ele caiu em pecado contra Deus. Por outro lado, se o homem sempre necessita de outrem a quem ser fiel, o Senhor não necessita do homem, para que mantenha a sua fidelidade, pois ele permanece fiel a si mesmo. Confiar é uma necessidade da criatura, não do Criador. Se não confiarmos em Deus, não lhe seremos fiéis.

 

“Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” (2Tm 2.13. ARC)

 

É impossível que o infiel seja confiante; em contrapartida, a fidelidade só existe onde há confiança. Por esse pressuposto, entende-se que há muita compreensão indevida sobre o que seja “confiar” e “ser fiel”.

 

A BÍBLIA COMPROVA A FIDELIDADE ABSOLUTA DE DEUS.

 

“Ele é a nossa Rocha, as suas obras são todas perfeitas, e seus caminhos todos justos. Deus é fiel e jamais comete erros. Deus é bom, sábio e justo.” (Dt 32.4. Bíblia KJA)

 

Primeiramente, é preciso notar que toda a Escritura comprova a fidelidade de Deus a si mesmo, porque ele é imutável em todos os seus desígnios. Entender que Deus é fiel a si mesmo significa saber que o Senhor não precisa depositar confiança em quem quer que seja, como lastro para a sua fidelidade. Ele permanece fiel, independentemente da infidelidade humana.

 

“Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa, acaso ele fala e deixa de agir”? (Nm 23.19. ARC) 

 

“Ao fiel e bondoso te revelas fiel e bondoso; ao irrepreensível te revelas irrepreensível; ao puro te revelas puro; mas com o perverso reages à altura.” (Sl 18.25-26. Bíblia KJA)

 

“Porque a palavra do Senhor é verdadeira. Ele é fiel em tudo o que realiza.” (Sl 33.4. Bíblia KJA)

 

As Escrituras Sagradas revelam ao homem a total fidelidade de Deus aos seus propósitos. A fidelidade do Senhor é imaculada. Deus jamais altera nenhum dos seus princípios e planos.

 

“A Palavra de Deus é comprovadamente pura, Ele é um escudo para quem nele confia totalmente. Não acrescentes nada às suas palavras; jamais declares algo que Deus não disse, para que ele não te contradiga, e passes por mentiroso.” (Pv 30.5-6. Bíblia KJA)

 

O HOMEM SÁBIO CONFIA NA FIDELIDADE DIVINA

 

O livro dos Provérbios de Salomão insiste na necessidade que o ser humano tem de buscar com todo interesse a Sabedoria. Aqueles que não a procuram diligentemente são chamados néscios, loucos, imprudentes. Diz a Palavra de Deus:

 

“O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” (PV 1.7. ARC)

 

Não pode haver temor ao Senhor sem que haja confiança e fidelidade. A palavra temor, aplicada ao texto, não significa medo ou pavor, significa submissão inteligente e confiança. Somente os sábios temem a Deus e confiam na sua bendita fidelidade. Os sábios, moldados pela Palavra de Deus, são agraciados com a fidelidade do Senhor.

 

 “Diz o tolo em seu coração: ‘Deus não existe.’” (Sl 14.1a. Bíblia KJA)  

 

 

“Confia no Senhor perpetuamente, porque o Senhor é uma Rocha eterna,” (Is 26.4. ARC)

 

“Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade; e não há nele injustiça; justo e reto é.” (Dt 32.4. ARC)

 

“... retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.” (Hb 10.23. ARC)

 

Ninguém necessita das mensagens que comumente se dizem em todo lugar: “Deus tem propósito na sua vida”. Esse é um conselho dispensável, porque Deus não acrescenta propósitos àqueles que ele mesmo já determinou em sua Palavra. Os propósitos de Deus que se cumprem estão registrados no Texto Sagrado Bíblia. Quem quer saber qual o propósito de Deus para sua vida, para o seu ministério, para a vida da igreja, para os últimos dias, que examine as Escrituras.

 

“Vós examinais criteriosamente as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testemunham a respeito de mim. Todavia, vós não quereis vir a mim, para terdes a vida.” (Jo 5.39-40 - Bíblia KJA)

 

Conclusão

 

Diante do que expõem as Escrituras Sagradas, a ninguém é dado compreender que Deus, por causa a sua inequívoca fidelidade, atenderá ao injusto, ou manterá com ele a sua comunhão. É necessário considerar-se a bondade e a severidade de Deus! (Rm 11.22).

 

Os pecados são a causa da ruptura da comunhão entre os homens e Deus. (Is 59.2). Adão perdeu a comunhão que tinha com Deus, devido a sua própria infidelidade; nem por isso, Deus deixou de ser fiel; porque ele é fiel a si mesmo e a sua Palavra; portanto, jamais trairá a sua fidelidade em favor do infiel.

 

O Senhor é escudo para aqueles que o temem. O crente desobediente e o ímpio não podem contar com a fidelidade de Deus para receberem as promessas contidas nas Escrituras. Por isso, a benignidade do Senhor convoca os homens ao arrependimento da sua natural infidelidade.

 

“Mas, Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam, porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.” (At 17.30. ARC)


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