Em geral, esse título carrega, como dizem, um forte cheiro de naftalina, o que é bastante desagradável!
Porém, infelizmente, é perceptível no ambiente cristão evangélico a existência de uma insistente - mas não incorrigível - "síndrome de Gabriela", que se expressa na irrazoável expressão "Sempre foi assim".
Vê-se em tal expressão um resquício da velha religiosidade de antigos católicos romanos, os quais, de imediato, recusavam a mensagem do evangelho, com a singeleza da desculpa: "Sou católico; não vou mudar, porque toda a minha família sempre foi católica. Não vou trair a tradição."
Não pode haver mais ingênua - ou irracional - justificativa!
Paradoxalmente, essa é, também - e ainda - uma prática bem comum entre os crentes, quando, apoiados no mesmo pensamento irrefletido, afirmam:
"Nós aprendemos assim de líderes antigos!"
Não me restam dúvidas de que tudo quanto os homens ensinam, se proveniente de sua particular experiência, está sujeito a críticas, a adendos, a refutações e a mudanças. Assim é, por exemplo, a boa prática cientifica: o que se sabe hoje pode submeter-se a alterações amanhã.
Somente as Escrituras Sagradas dizem o absoluto, o inviolável, o indiscutível, porque elas são a inerrante Palavra de Deus, de acordo com o que esclarece Pedro, o apóstolo:
"Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2Pe 1.20-21)
Aquilo, pois, que se aprende do pensamento, da interpretação e dos hábitos humanos podem - e devem - sujeitar-se à revisão de outras mentes, porque o que produzimos envelhece e pode vir a ser marca de apego à inutilidade de um rançoso atraso.
Os crentes de Bereia (Atos 17.13) receberam o elogio de "mais nobres", porque, além de receberem o evangelho com grande interesse, examinavam, as Escrituras, todos os dias, para avaliarem a confiabilidade e a coerência do que lhes era anunciado.


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