terça-feira, 22 de março de 2022

NEM CALVINO NEM ARMÍNIO?


A igreja em Corinto deu trabalho ao apóstolo Paulo, por causa das divisões "teológicas". Havia até alguns "mais santos" que diziam "Sou de nenhum deles; sou de Cristo!"

O próprio Paulo deixou-nos a orientação:

 

"Examinem tudo, e retenham o bem." (1Ts 5.21)

 

Para não cairmos em discussões que só geram clima controverso, é necessário que nos dediquemos a discernir entre o ponto de vista "soteriologicamente bíblico" e o ponto de vista teológico e cristão. Esclareço que, se algo é de natureza teológica, é, indubitavelmente, relativo ao pensamento humano. A teologia resulta da nossa atividade racional, em busca de compreender o transcendental.

Independentemente de nos posicionarmos como arminianos ou calvinistas, todos cremos na soteriologia das Escrituras, a qual nos mostra a Salvação pelo sacrifício de Cristo no Calvário. Essa soteriologia nos une.

Entretanto, o Senhor Deus - que criou o homem em conformidade à sua semelhança - jamais impediu que os seus servos raciocinassem, buscando expor, de modo claro, as conclusões a que chegam, ansiosos por aproximar-se do próprio Criador.

Por esse motivo, jamais poderemos dizer: "Não concordo com Calvino nem com Arminio, sou apenas cristão!" Não dá!

Se essa posição fosse aceitável, a teologia paulina também poderia ser neutra a algum grupo que se diga cristão.

As Ciências da Religião - estudo em nível de pós-graduação, pelo qual também passei - são pesquisas de foro humano, as quais não discutem o mérito das teologias de Calvino ou de Arminio; para as CR, elas são apenas teologias. Portanto, para os cristãos evangélicos, são apenas pontos de vistas distintos, não dogmas.

Mesmo assim, todo cristão haverá de concordar, necessariamente, com um ou com outro teólogo.

Não há "Je rest sur le mur".


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