segunda-feira, 25 de maio de 2020

Devemos orar por empregos







Introdução
Hoje vamos tratar de um assunto crucial para toda a sociedade, na qual, sem duvida, está inserida a Igreja do Senhor Jesus. Atualmente, no que se refere à sobrevivência e à manutenção da família, não há quem escape. O mundo todo é surpreendido por tão profundas transformações sociais e econômicas que já não encontra a maneira de solucionar os problemas que fervilham em todo lugar. Não se trata, agora, da divisão entre ricos e pobres; a crise envolve um profundo desequilíbrio mercadológico, em que os pobres ficam mais pobres e os ricos também são afetados em seus bens; além de não terem como, nem onde, usufruir a riqueza acumulada. A Economia mundial parou, forçada pela atual pandemia que a assolou impiedosamente.
A Igreja de Cristo não está a salvo desses problemas, pois está inserida no mundo e seus membros são cidadãos ativos e responsáveis no contexto social e econômico de seus países. Aqui, cabe lembrar o que Jesus deixou bem claro: “No mundo tereis aflições”. Mas também recomendou bom ânimo (Jo 16.33).
CAUSA MAIOR DO DESEMPREGO
Chegamos ao tempo em que as empresas já não podem manter suas atividades; por isso, demitem os funcionários; sejam eles crentes ou não. Muitas pessoas reclamam dos empresários que tomam a providência da demissão de seus colaboradores, mas é notória a dificuldade para a manutenção da empregabilidade. Impossível manter salários com atividades suspensas. Diante dessa situação calamitosa, o melhor é não entrar em desespero. Nossa condição de crentes em Cristo não nos deixa perder a paz do Senhor. Entendamos há desemprego e Deus está no comando de tudo. Novas portas poderão se abrir; novas maneiras de sobrevivência podem ser criadas. Hoje, muitas pessoas estão se reinventando profissionalmente; imagine o que Deus nos pode dar!
SEM ANSIEDADE SE VÊ MELHOR A VITÓRIA
O crente sabe que a parte fundamental de sua subsistência não está nas mãos da Economia, mas nas mãos do Senhor nosso Deus. O Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos e, consequentemente, a nós, qual a maneira correta de vivermos neste mundo: “Por isso vos digo, não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber, nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que a vestimenta...?” (Mt 6.25ss).
Esse ensinamento do nosso Mestre deve ser compreendido em duas situações bem diferentes.
Nessa primeira situação, quanto mais oportunidades nós temos de ganhar dinheiro, de adquirir bens terrenos, mais nos dedicamos ao trabalho, porque queremos sempre mais. Quantas vezes negligenciamos a vida com Deus, porque precisamos ganhar mais! O aviso do Senhor, nesse versículo, é que não precisamos andar preocupados com ajuntar tesouros na terra. A nossa ansiedade não acrescenta um momento à nossa existência terrena; nem pode nos dar a alegria de usufruirmos os bens materiais. Quando tivermos o suficiente para viver dignamente, pensemos em repartir com os que não têm e louvemos ao Senhor. “O Senhor não deixa ter fome a alma do justo; mas o desejo dos ímpios rechaça” (Pv 10.3) “A bênção do Senhor é que enriquece e ele não acrescenta dores” (10.22).
A segunda situação é a de dificuldade. Se não devemos nos afligir no trabalho de acumular riquezas, também não devemos nos lamentar na escassez. Jesus diz que Deus cuida tão perfeitamente de toda a sua criação “... Não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?” (6.30). O salmista confia no pastoreio do Senhor (Sl 23),
Elias, o profeta foi sustentado por Deus em condições adversas. Paulo diz: “... já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância, em toda maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome; tanto a ter abundância como a ter necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.11-13). A igreja filipense se propôs a ajudar a Paulo e ele termina por dizer: “O Senhor, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (4.19). Mesmo que tenhamos problemas, o Senhor é o nosso refúgio e socorro bem presente na angústia.
DEUS PERDOA AS NOSSAS FALHAS
Muitas vezes, os problemas que enfrentamos resultam de alguma falha que cometemos. Na condição humana, todos somos falhos. Entretanto, Deus nos dá, pelo Espírito Santo, a compreensão dos nossos erros. Diante disso, devemos seguir o conselho do apóstolo João: “Se dissermos que não temos pecado enganamo-nos a nós mesmos e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.8-9).
Concertados com Deus, temos a certeza de que ele suprirá as nossas necessidades. Confessemos a ele os nossos pecados e prossigamos protegidos por seu imenso amor.
A BÊNÇÃO DA BENEVOLÊNCIA
É necessário que cada um de nós tenha o coração aberto para a benevolência. Não é prática cristã ver o seu irmão em necessidade sem que o socorra. Também não nos cabe julgar as causas da necessidade de outrem. Quando Jesus atendeu as pessoas necessitadas, não lhes perguntou qual a origem de seus males, nem buscou saber sobre seus antecedentes; também não perguntou se era hora ou dia para atender os necessitados. Jesus era benevolente. Quando viu a multidão com fome teve compaixão “E Jesus... retirou-se dali, num barco, para um lugar deserto, apartado; e sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades. E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima compaixão para com eles, curou os seus enfermos. E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele dizendo: o lugar é deserto e a hora já é avançada; despede a multidão para que vão às aldeias e comprem comida para si. Jesus, porém, lhes disse Não é necessário que vão; dai-lhes vós de comer” (Mt 14.13-16).
A igreja primitiva compreendeu bem a questão da benevolência “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42) “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam; e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns” (4.32). “Não havia entre eles necessitado algum...” (4.34).
Jesus disse: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;...” (Mt 5.7).
Conclusão
A igreja atual não tem sido suficientemente misericordiosa; tem gasto muito recurso no efêmero, no luxo, no excesso tecnológico em praticamente nada na benevolência.
Nós temos permitido que a ansiedade dos bens terrenos sufoque a benevolência e feche as nossas mãos tanto para os nossos companheiros em aperto como para o próprio crescimento do trabalho do Senhor.
É urgente que repensemos as nossas atitudes. É urgente que compreendamos que fomos chamados para servir a Deus, para a sua glória. Ao próximo, como a nós mesmos. Que a nossa fé nos leve a repetir o que disse o profeta Habacuque, cheio de confiança em Deus:
“Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.17-18).

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