Judaísmo é o nome que se dá à religião dos judeus. Quem são os judeus?
Qual a origem deles? Até 539 a.C., eles eram conhecidos como hebreus,
denominação que significa “povo do outro lado do rio”. Os hebreus descendem de
Abraão, como relata o livro de Gênesis. A história dos hebreus é especialmente
relevante para a compreensão da história universal. Dentre toda a literatura
histórica, o Antigo Testamento é a sua maior fonte de referência. Devido ao pequeno
espaço de que se dispõe – aqui - para esta reflexão, não se poderão dar mais
relevantes detalhes históricos sobre os hebreus.
Esse povo, de origem semita, chegou à Palestina (também chamada Canaã,
ou Terra Prometida), como se registra em Gênesis, 15.18-21. Por volta de 1800
a.C., os hebreus foram para o Egito, onde, mais tarde, foram feitos escravos,
por mais de quatro séculos. Moisés os libertou do jugo faraônico, levando-os,
pelo deserto, num período de 40 anos, a Canaã.
Decorrida a história, alcança-se a deportação dos hebreus para a
Babilônia, onde permaneceram por volta de 40 anos. Em aproximadamente 539 a.C.
os hebreus foram autorizados a retornar para Jerusalém e foram, nesse tempo,
denominados judeus. Judeu, então, passa
a ser uma denominação do povo hebreu. É de especial interesse que haja na
Bíblia uma Carta aos Hebreus, e não aos judeus; mas não se trata de assunto
para esta página.
Estas linhas pretendem rapidamente chamar a atenção do leitor cristão
para a história judaica e de sua religião: o judaísmo. Jesus foi judeu, também
os seus discípulos, além de Paulo apóstolo. Jesus não veio pregar o judaísmo,
ainda que tenha cumprido as suas obrigações como judeu (Mt 5.17). Jesus veio
trazer o evangelho (as boas novas), primeiramente aos judeus, que o rejeitaram.
O evangelho só alcançou os não judeus após a instituição da Igreja de Cristo
(Atos dos Apóstolos).
No início da igreja cristã houve grande apego às tradições religiosas
judaicas. Paulo foi um grande batalhador na demolição daqueles princípios, como
constata, por exemplo, a sua Carta aos Gálatas.
Os nossos dias têm mostrado uma tendência muito forte para se mesclar o
evangelho com as práticas judaizantes. Essa tendência é marcante entre os
neopentecostais, mas tem invadido algumas igrejas ditas pentecostais, o que
caracteriza uma atitude paradoxal (Hb 9.11-14; Rm 6.14; Gl 3.1-3; 5.7-9).
Israel, hoje, é uma nação como qualquer outra no globo terrestre. Lá há
um reduzido número de judeus messiânicos (crentes em Jesus), enquanto a maioria
ainda ignora o Messias, e precisa de conversão ao evangelho do Senhor Jesus.
Portanto, Israel não é modelo da nossa fé, nem da nossa prática de culto ao
Senhor. O judaísmo e seus preceitos não cabem na Igreja Cristã.
A nação de Israel deve ser amada e até considerada pelo seu monoteísmo;
devemos orar por Israel, no sentido de que Deus leve aquela nação ao
conhecimento do unigênito Filho de Deus, o Messias prometido; porém, hoje, ela,
renitente, resiste ao Filho de Deus, permanecendo cega quanto ao cristianismo
bíblico. Devemos amar a todos os homens; logo, evidentemente, aos judeus; todavia,
rejeitemos as práticas do judaísmo.
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