terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

QUEM SÃO, DE FATO, OS REBELDES?

Há muito tempo, as lideranças cristãs - principalmente as menos preparadas ou as mais arrogantes - confundem pontos de vista divergentes com rebelião.
É concebível que esse comportamento tenha origem no despreparo racional de muitos líderes que assim agem; ou, em outros casos, o forte pendor que não poucos têm para o despotismo.
Homens foram feitos racionais, isso é, Deus lhes deu (a todos) a possibilidade de estruturar suas decisões, baseadas em princípios defendidos pela razão. Esses princípios variam de acordo com o amadurecimento intelectual, originado na educação formal e/ou na cosmovisão trazida pela (con)vivência.
Deus não nos fez como produtos em série; deu-nos a individualidade, a qual, jamais, pode ser menosprezada.
Ora, a família cristã é constituída de seres humanos que, embora regenerados pelo processo da salvação em Jesus Cristo, não perderam a individualidade.
Portanto, chamar de rebelde àquele que, racionalmente, pensa diferente de nós é prática que expõe a nossa falta de amadurecimento intelectual e, no caso da Igreja, pobreza no discernimento espiritual.
No contexto cristão, rebelde não é o que contraria o "meu querer"; mas, aquele que contraria os princípios da Palavra de Deus.
Se alguém discorda da iluminação do templo, da seleção de músicas para o culto ou do cafezinho lá na cantina da igreja - tendo explicação racional para isso - não é um rebelde como querem alguns. Talvez sejam objeções dignas de análise.
Porém, aquele que se opõe à doutrina especificamente bíblica, capaz, inclusive, de adotar heresias, ele, sim, está em rebeldia.
A rebeldia não ocorre contra líderes corretos, uma vez que esses agem em conformidade com a Palavra. Suas propostas de caráter pessoal podem - e geralmente devem - ser avaliadas e, talvez contestadas.
Os irmãos de Bereia tinham esse modo de ver o que lhes era ensinado. Pedro e João também se opuseram às autoridades judaicas que tentaram fazê-los calar.
Todavia, nunca se duvide de que os rebeldes se tornam insolentes, fingindo um amadurecimento bíblico que não têm. Aí, há de funcionar o discernimento do espírito com que eles agem.
Logo, é necessário que as igrejas abram os olhos, antes de incluir um irmão na lista de rebeldes.

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