Leitura: João 3.1-7.
1.
Deus não criou o Homem para a morte.
Temos consciência de que todo
homem nasce, cresce e morre. Essa sequência atinge a todos nós. Mas Deus não
fez o homem para a morte. A morte é um castigo pela desobediência de Adão.
“Coma livremente de qualquer
árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal,
porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá” (Gn 2.16-17). Então, antes disso não morreria!
2.
Deus não criou o homem para nascer novamente.
Já que o homem não morreria, não
havia necessidade de ele renascer. O pecado levou-nos todos à morte. Assim, o novo nascimento, anunciado por Jesus a
Nicodemos, constitui a providência de Deus para que qualquer homem retome a condição
da imago Dei: imagem e semelhança de
Deus. Agora, não há outra maneira de se reconfigurar a relação da humanidade
com Deus.
Paulo diz: “Porque todos pecaram
e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Essa destituição da glória de
Deus é a morte referida lá no Gênesis.
Todavia, aprouve a Deus dar-nos
o plano da salvação, pela vinda do Messias, o nosso Senhor Jesus Cristo, para
que por Ele pudéssemos nascer de novo, passando de semente do velho homem (o
primeiro Adão) para semente do novo homem em Cristo (o Segundo Adão). Por Jesus
somos tornados geração eleita (1Pe
2.9). Uma geração que nasceu de novo!
3.
Nascer da água e do Espírito.
Jesus disse que é necessário
nascer da água... e do Espírito. Como entender nascer da água? Nicodemos era
mestre em Israel, um teólogo dói A.T. Jesus o confronta por essa condição. Na
verdade, Jesus cobrou que ele conhecesse Ezequiel, 36.25: “Aspergirei água pura sobre vocês e ficarão puros; eu os purificarei de
todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos”. Nascer da água é ser
purificado dos males do velho homem. Nascer do Espírito é receber a nova vida
em Cristo; o novo sopro de Deus, a Palavra para a regeneração.
4.
Nascer de novo não é renascer.
Renascimento é o brotar do
passado. Segundo a mitologia grega, a Fênix, uma ave de características
fantásticas, tinha a capacidade de, morta, entrar em combustão e renascer das
próprias cinzas. Mas renascia Fênix! Em renascença ou renascimento não há
mudança das características. Há plantas que renascem; mas não mudam a sua
própria natureza, porque a raiz delas é a mesma.
Essa afirmação contraria a
teoria da reencarnação, defendida pelo espiritismo. Se o homem renascesse,
renasceria homem, tal qual a ave mitológica, morto nos mesmos delitos e
pecados.
A mensagem de Jesus não é de
renascimento, mas do novo nascimento.
“Assim que, se alguém está em Cristo,
nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (2Co
5.17). “Aquele que estava assentado sobre
o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque
estas palavras são verdadeiras e fiéis” (Ap. 21.5).
As características do velho homem, originário do Éden, são
opostas às características do novo homem,
nascido em Cristo.
5.
Características do velho homem (adâmico).
Destituído da glória de Deus (Rm
3.23); morto em delitos e pecados (Ef 2.1); desobediente (Tt 3.3); egoísta (2Tm
3.2) mentiroso (At 5. 3) etc.
6.
Características do novo homem (cristão).
Tem paz com Deus (Rm 5.1); tem
vida abundante (Jo 10.10); ama a palavra de Deus (Sl 119.11); anuncia o
evangelho (At 4.31) etc.
7.
Destino de um e de outro.
Leiamos Mateus 25.31-34; 41. “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua
direita: Venham, benditos de meu pai...”. “Mas dirá os que estiverem à sua
esquerda: “Malditos, afastem-se de mim,
para o fogo eterno...” “Afastem-se de
mim...” (Mt 7.23)
Conclusão.
Pelo que vimos até aqui é
terrível a situação do velho homem, pois vive neste mundo distanciado da glória
de Deus e terá, por fim, o afastamento definitivo do Senhor, condenado ao castigo
eterno.
Precisamos manter a nossa
condição de nascidos da água purificadora
que, pela cruz, nos purifica de todo o pecado,a qual nos torna nascidos
do Espírito de Deus.
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