A prudência é um dos pontos
mais importantes para a Igreja nos tempos atuais. Apesar de tantas
recomendações salvadoras, há um enorme contingente de cristãos mergulhados nas
águas barrentas de uma credulidade pueril.
Desde as primeiras páginas do
Gênesis, Deus chama o homem para a prudência e observação dos princípios
norteadores de uma vida espiritual sadia e, por conseguinte, norteadores de uma
sanidade física e intelectual. Adão foi o pai dos imprudentes, juntamente com
sua mulher, Eva. Terminaram eles por pagar o mais alto preço da desobediência
às determinações do Senhor.
A imprudência humana é a mãe
da estultícia, ou estupidez atrevida, essa imprudência estulta submete o homem
às maiores desgraças em sua existência. Satanás sobrevive da imprudência por
ele gerada, a qual foi inoculada na humanidade por meio do primeiro casal, no
Éden.
Muitas vezes, a imprudência
assume ares de ingenuidade; aliás, é assim que ela é gerada e se desenvolve até
chegar à estupidez assumida.
Abrão e Sara deram a sua
parcela de imprudência à humanidade, porque não confiaram na providência divina
e resolveram (com estultícia) “resolver” o que viam como impossibilidade. Até
hoje o planeta sofre as consequências daquele desatino abrâmico.
O Egito sofreu as graves
consequências da imprudência de seu soberano, o Faraó. Se me fosse estender em
trazer à tona os casos relatados nas Escrituras Sagradas, muitas páginas seriam
necessárias. Mas, atentemos para os nossos dias.
Não existe imprudência
desavisada; ela sempre resulta do risco assumido. Ora, se há risco precedendo a
atitude imprudente, por que não se observam os riscos? Porque na humanidade
está entranhada a estultícia de Satanás. O evangelista João dá conta de que
Jesus veio desfazer as obras do diabo (1Jo 1.8b).
Os cristãos precisam zelar
pela prudência; muitas são as passagens que alertam para isso. “O temor do
Senhor é o princípio da sabedoria; e a ciência do Santo, a prudência” (Pv
9.10). Ora, não há sabedoria sem temor a Deus; nem prudência naquele que
desconhece ao Senhor. O profeta Oseias diz: “Conheçamos e prossigamos em conhecer
o Senhor...” (Os 6.3).
Por que se verificam tantas
ingenuidades nos que se declaram cristãos em nossa era? Por que tão grande
quantidade de almas são facilmente enganadas pelos falsos religiosos? Há sim,
uma resposta indiscutível para isso. A Bíblia informa: “O meu povo foi
destruído, porque lhe faltou conhecimento;...” (Os 4.6a).
Diante dessa constatação, é indiscutível
apontar o deslize dos responsáveis pelo ensino bíblico nas igrejas. Grande
parte das lideranças cristãs desobrigaram-se do discipulado, embevecidas com a
busca do crescimento numérico de suas congregações. Essa falha abriu uma ampla
porteira para o falso evangelho, distribuído ente os incautos que, tornados
imprudentes, lançam-se cegamente nos braços de algozes movidos pela ganância do
dinheiro e do poder.
Peçamos a Deus que permita o
aparecimento de líderes aptos ao discipulado, homens com visão adequada ao
Reino de Deus, despojados dos abusados interesses materiais. Talvez assim, seja,
ainda, possível salvar alguns dos imprudentes que estão alinhados com os
profetas de um “Belial” contemporâneo, os quais estão empregando as mais
modernas tecnologias e mídias em serviço da perdição de milhões de almas.
Palavra muito útil especialmente nos tempos em que vivemos. Que o Senhor Deus lhe abençoe sempre. Abraços.
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