quinta-feira, 23 de abril de 2015

BRASIL: PAÍS DE MÉDICOS E DE PROFESSORES!

 Este é o país do desrespeito, da desonestidade, da indigência moral. Ouço, agora pela manhã a reportagem que dá conta das agressões sofridas pelos médicos pediatras em seus consultórios. São agressões físicas e verbais, cometidas por pais que, além de exigirem um bom atendimento - exigência que lhes é de direito - cobram atestados para permanecer ausentes do trabalho por tempo maior que o necessário (vagabundagem tupiniquim).
Ora, grande parte da falha nos atendimentos não é culpa dos médicos, mas dos Governos imorais insensíveis à dor do seu povo. A ignorância faz a população agredir o mais próximo: o médico. Vergonha!
Creio que só no Brasil, médicos venham à televisão para registrar constantes agressões durante o exercício do seu mister: o mais nobre e elevado em todo o mundo.
Mas não são apenas os médicos - profissão honrada em todo o mundo civilizado - as vítimas deste país decadente. Estamos na PÁTRIA EDUCADORA, Pátria em que os professores constituem os mais desprezados profissionais de nível superior. Profissionais que há anos satisfazem a sanha devoradora dos poderes públicos e das entidades privadas, chamadas de mantenedoras.
No Brasil, a maioria das mantenedoras em Educação não passam de empresas que, usurpando o conhecimento dos profissionais do magistério, amealham fortunas.
Nesse esquema indecoroso, alunos de todos os níveis adquirem o direito de pôr e dispor relativamente aos professores. Essa maldição é frequente na maioria das escolas particulares e, sobretudo, numa modalidade de "empresas" chamadas comumente de "cursinhos preparatórios" para tudo! A tralha funciona em paz, do vestibular aos concursos públicos, explorando candidatos e docentes, como lobos devoradores.
Na quase totalidade dessas "empresas" o docente deve ser perito em "stand up comedy", a fim de levar uma plateia de pagantes imbecis ao delírio nas salas de "aula". Se o professor não pertencer a essa caterva, rapidamente será eliminado, depois de ser chamado de "inconveniente" para os interesses ($$$$) da mantenedora. Torna-se, assim, o profissional um subserviente dos escusos interesses empresariais.
Dessa forma, na PÁTRIA EDUCADORA sofrem os profissionais que atuam na vigilância da saúde física de uma população que não é alcançada pela saúde intelectual, por causa dos interesses menos dignos de uma parte expressiva de "empresas" atuantes em educação e preparo intelectual.
Estamos no mesmo barco furado: médicos e professores, a base de uma população saudável. Tudo está do jeito que os governos e muitos "empresários" gostam.

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