Acabo de ver postagem no Facebook, apontando uma cena que é, no mínimo, ridícula, em pleno século XXI. Trata-se da notícia de que uma das "bispas" (forma inexistente na língua culta) que infestam nosso país, esposa de um "apóstolo" falastrão e metido a profeta, reuniu um grupo de "pastoras" fanáticas e se pôs a subir ao "monte". Mas, subir a um monte ou montanha, como queiram, já é normal e não causaria tanto espanto. Elas subiram ajoelhadas!
Fazer sacrifício pessoal, enquanto sobe pela escarpa, não é privilégio da "bispa"; pois um "apóstolo", louco por um chapéu de vaqueiro, faz isso, carregando um pesado livro em que se registram as doações financeiras do seu negócio. Mas a "bispa" deu nó nele! Subiu, ajoelhada, com sua turma! Fez mais sacrifício!
Ao ver tamanho descalabro, um pastor bem conhecido, recriminou o ato da "bispa". Foi o suficiente para ele ser tachado de desamoroso com relação a "servas do Senhor," que se propuseram a servir a Deus com sacrifícios.
Na verdade, o pastor a quem me refiro é um homem crente, pregador do evangelho, escritor, homem de oração e bem preparado intelectual e teologicamente; ou seja, apto para escrever críticas bem dosadas. Por que, então, recebe crítica a suas declarações?
A explicação para tais desencontros está na falta de conhecimento bíblico por uma grande parcela dos que se declaram "evangélicos"; fato preocupante, quando se veem as estatísticas dando como apreciável o avanço da quantidade de evangélicos no Brasil. Número, sem qualidade, não é boa coisa.
Voltemos aos personagens desses eventos.
O esposo da aludida "bispa" é um conhecido "pescador em aquário", que chama para a sua "igreja" todos os que estejam descontentes nos seus locais de origem. Garante que lhes dará a oportunidade de "crescer na obra". Claro que dessa forma, reunirá um bando de interesseiros em posições e sei lá o quê. Que casal maravilhoso!
Casais, talvez à exceção de Macedo, da IURD, são a moda da nova direção eclesiástica. Há um, bem famoso e conhecido das autoridades brasileiras e estrangeiras; há outro que "chora" junto nas telas da TV e esses a quem me refiro aqui.
O sucesso deles é a ignorância evangélica de nossa gente. Jesus mandou à sua Igreja: "Ide, (...)ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mt 28.20). Parece que a igreja brasileira não tem-se esmerado no cumprimento dessa ordem; caso contrário, não haveria tanto espaço para essa gente abusada.
Quem são esses "patriarcas", "apóstolos", "!missionários", "bispos", bispas" etc.? São usurpadores de títulos, amantes de seu próprio ventre, desqualificados que, infiltrados no meio evangélico, levam multidões de incautos ao abismo. Para eles importa o "crescimento" de suas fortunas tiradas do bolso humilde e também de abastados estúpidos, os quais veem nas promessas estapafúrdias e nos "tristemunhos" arranjados a possibilidade de uma vida "regalada".(A IURD usa e abusa desse adjetivo). Pura tolice dos incautos!
Tomo a liberdade de sugerir aos que estão envolvidos por essas "máfias": mandem às favas essas pseudoigrejas; destituam de suas vidas esses "magnatas da religião", pois são todos vigaristas. Procurem as igrejas sérias, tementes a Deus. Igrejas que pregam o evangelho de Cristo, sem oba-oba, sem "reteté", sem distribuição de "toalhinhas bentas", águas do rio Jordão,. óleo do rei Salomão e outras baboseiras mentirosas.
Há igrejas que zelam por suas almas: as que sejam verdadeiramente pentecostais (os usurpadores infiltraram-se em algumas delas), as Presbiterianas, as Batistas, as Metodistas, por exemplo. Afastem-se das que são conduzidas pelos homens que facilmente se identificam neste texto. Assim, encontrarão um ensino bíblico, uma orientação cristocêntrica, uma vida de consagração a Deus, e não a homens ímpios.
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