sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TEMPO DE FALSOS PASTORES

A existência de falsos líderes na direção de certas igrejas é um dos mais frequentes assuntos que circulam no meio evangélico.
É grande a preocupação de muitos ministérios, com relação a trabalhos que não escondem suas práticas infiéis e desonestas para com os seguidores incautos. Por sua vez, muitos desses seguidores não são tão incautos assim, já que andam à procura da satisfação de seus anseios meramente materiais.
Dessa forma, esses seguidores tornam-se importante massa de manobra dos espertalhões, durante determinado tempo. Durante determinado tempo, porque, ao perceberem que nada do que esperavam lhes foi concedido, batem em revoada para outra “igreja” cujo discurso lhes ofereça nova oportunidade para alcançar suas “bênçãos”. Cria-se, então, um círculo vicioso que sustenta todo o pecaminoso processo. O “slogan” mais chamativo é “Vem pra cá!”.
A facilidade com que neste país se instala uma entidade de natureza religiosa é grande. As leis, sendo generosas nesse aspecto, dão margem a todo tipo de especulação. Em qualquer esquina é possível encontrarem-se pseudocursos de “bacharelado em Teologia”, outra fonte de renda dos mal-intencionados.
Por outro lado, as igrejas sérias, administradas por verdadeiros servos de Deus, têm-se calado diante de tanta miséria e têm visto seus nomes jogados na vala comum da desonestidade.
A prática do estelionato religioso compara-se ao antigo e famoso crime praticado pelos malandros, que, aproveitando-se da ganância de suas vítimas, roubam-lhes a bolsa na troca por um maço de pedaços de jornais.
Porém, não pretendo, neste momento, levantar um estudo desse fenômeno. O enfoque é a existência dos falsos líderes.
Ainda que isso pareça uma ocorrência exclusiva dos tempos atuais, não o é. No livro de Deuteronômio, 18: 20-22, o Senhor já alertara contra essa casta.
Também era tão grande o número dos falsos profetas, no tempo de Elias, que ele se encontrou sozinho, entre quatrocentos e cinquenta deles! Era muita gente no lado oposto! Isso, entretanto, não intimidou o profeta de Deus (I Reis, 18: 22-38).
A Bíblia chama aqueles homens de profetas de Baal, o que justifica entender-se sempre ter havido profetas falsos. Claro que aqueles profetas de Baal tinham seus seguidores. Foi necessário que Elias mostrasse a diferença: ele servia ao Deus único e verdadeiro.
O Senhor Jesus advertiu seu rebanho a respeito dos falsos pastores (Mateus, 7: 15-20). Paulo não poupou crítica aos homens maus que se insinuavam entre os cristãos em busca do proveito próprio (II Coríntios, 11: 1: 4; I Timóteo, 4: 1-2; II Timóteo 3: 1-7). Também o apóstolo João se queixa de um tal Diótrefes, (III João, 9) o qual chegou a impedir o contato do apóstolo com os irmãos.
Agora conclui-se, pois, que a existência de lobos vestidos de ovelhas é bem antiga; por isso, não deve causar tanta estranheza à igreja atual.
Há, sem dúvida, a necessidade de se marcar a diferença entre o metal precioso e a imitação. Não cabe à verdadeira igreja cristã, liderada por homens tementes a Deus, a disputa passo a passo com a falsidade. Não há necessidade de a verdadeira igreja “copiar” os trejeitos dos imitadores da verdade, uma vez que cristal e vidro são bem diversos: o Bem não precisa concorrer com o Mal, para obter credibilidade.
A verdadeira igreja evangélica só precisa permanecer em obediência à Palavra de Deus e ao mandamento do Senhor, relatado no Evangelho de Mateus, 28: 19-20: “Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!”.

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