sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

CUIDADO! FARISEUS EM AÇÃO!

"Mas, ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos Céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar os que estão entrando" (Mt 23: 13).
Fala-se constantemente na existência de certo grupo de religiosos israelitas denominados fariseus. O farisaísmo representou um modo de vida que ficou marcado pelo caráter formal e eminentemente exterior das suas atitudes religiosas. Nem todos os fariseus foram absolutamente corruptos; entretanto, grande parte deles se tornou tão hipócrita que eles próprios julgavam-se os mais perfeitos cumpridores das exigências da Lei de Moisés. A exteriorização do cumprimento irrestrito da Lei, para eles, era mais importante do que um coração sincero e reconhecedor de suas indisfarçáveis falhas. Precedendo a Era da Graça, João Batista surgiu pregando o arrependimento dos pecados e, para isso, os fariseus precisavam abandonar a capa de hipocrisia, descobrindo sua própria situação miserável e dependente da misericórdia de Deus. Por isso, o profeta chamava de “raça de víboras” a multidão que a ele acorria (Lc 3: 7). Mesmo diante dessa exortação e, mais tarde, enfrentando a crítica severa que Jesus lhes fazia, os fariseus, em geral, não cederam.
Entretanto, parece conveniente deixar de lado, especificamente, aqueles homens israelitas, a fim de se meditar um pouco sobre a essência do farisaísmo, como uma praga que atinge a humanidade, em todas as épocas. Vive-se um “farisaísmo moderno”.
Já é sabido o que a Bíblia, no Novo Testamento, prega contra as atitudes farisaicas. Jesus comparou seus contemporâneos a sepulcros caiados (Mt 23: 27-28). O símile criado por Cristo é contundente. Jesus não usou meias-palavras para atacar o mal do fingimento, Todo o capítulo 23 de Mateus desnuda a terrível situação dos lobos que se vestem com peles de ovelhas.
Não é necessária muita capacidade de percepção para se notar o império do farisaísmo moderno. Ele se revela despudoradamente no meio dito cristão (inclusive evangélico). A hipocrisia é uma doença espiritual tão grave que, atacada, a vítima aos poucos ignora a atuação dessa astuciosa invenção do diabo. O hipócrita põe-se em cena com uma impressionante máscara de santidade, de obediência às normas, de rigidez nas atitudes. Tal indivíduo valoriza a pose, a formalidade da vestimenta e, até, a entonação solene no discurso.
Para o enfermo de farisaísmo todas as pessoas deixam a desejar no cumprimento ritual de suas leis; ele sempre tem o que apontar, com ar grave, nas atitudes alheias. Realmente o fariseu moderno iguala-se ao antigo israelita: coa o mosquito, e engole o camelo! (Mt 23: 24).
O adepto do farisaísmo não cura os doentes; critica as causas do mal; não fortalece os fracos; aponta as fraquezas; não salva o samaritano ferido; critica o caminho que ele escolheu. Dessa gente os templos estão abarrotados.
Não é novidade para o povo evangélico que o Espírito Santo convive com o seu povo (Jo 14: 18); assim, todos os modernos fariseus estão sob severa crítica do Senhor, mas não se dão conta de sua miserabilidade. A Bíblia é a voz que os critica de modo claro; mas a atenção deles não está no cumprimento das palavras sagradas. Eles apreciam usá-las em proveito próprio, para encobrir a falsidade que está em seus corações.
Enquanto essa estirpe maléfica circula livremente nas igrejas, almas feridas se deterioram debaixo de acusações e caminham para o inferno, carregando suas dores. Para fariseus não há bálsamo; mas, azorrague.
Diante dessa situação, é necessário que os verdadeiros imitadores de Cristo não se intimidem de fazer calar os hipócritas, que propagam “o que deve ser feito”, sem que se preocupem com “fazer o que é devido”. É urgente trazer-se a pregação dos princípios de Cristo, com a unção do Espírito Santo, a fim de, se possível, converter alguns que se encaminharam por esse mau caminho e para evitar que outros, por falta de ensino da Palavra, caiam nessas malhas terríveis.
O crente precisa compreender a sua mais absoluta fragilidade; precisa perceber que está sujeito à queda fatal. Deve desenvolver um coração misericordioso, porque sabe que só a misericórdia do Senhor, pelo sacrifício da cruz, pode mantê-lo na integridade cristã. É necessário disposição para seguir, de fato, a Cristo, obedecendo a tudo quanto ele ensinou.
Não basta aplicar o remédio bíblico contra o farisaísmo do passado apenas, enquanto a doença vai corroendo o presente. A pregação sobre o assunto deve falar profundamente nos corações, promovendo a limpeza que a Palavra de Deus efetua na alma humana.
Os dias estão abreviados, pouco tempo resta para a atuação da Igreja na Terra. O Espírito Santo procura servos destemidos que se proponham a profetizar (no bom sentido da palavra) contra todas as sutilíssimas artimanhas do inimigo entre o povo de Deus, entre elas o farisaísmo moderno.
O apóstolo Paulo ensina a maneira de o obreiro exercer o seu ministério: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2: 15). Tem de manejar bem a palavra da verdade; por conseguinte, esse obreiro é um valente guerreiro contra a hipocrisia, que é o farisaísmo moderno.

Um comentário:

  1. Paz e Graça Professor!
    Otimo blog ja esta entre meus favoritos.
    Grande abraço
    Ir.Jorge

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