Raras são as páginas da Bíblia Sagrada em que não se encontrem formas imperativas. Por que isso ocorre?
Antes de entrar por essa questão semântica, convém lembrar que as formas imperativas não são, necessariamente, agressivas, como muitas pessoas interpretam. Basta que nos lembremos de que toda forma de solicitação é imperativa em português. (Refiro-me ao nosso idioma, porque ele é o meio de expressão em nossa terra). Posso “implorar”, pedir” ou “exigir”, e todas essas formas denotam o modo imperativo. Por exemplo, se pretendo que alguém aja segundo o meu interesse, posso “implorar” que me atenda; posso “pedir” que me atenda, ou posso “exigir” que me atenda. Todas as formas aí usadas se classificarão como imperativas!
O imperativo que assusta as pessoas não está na forma assumida pelo verbo: está no tom da voz de quem solicita. Também existem expressões imperativas declinadas em outros aspectos verbais.
Por que razão há tantas formas imperativas na Bíblia? Será que todas essas formas são “ordens taxativas”? Não. Nem todas são ordens ou imposições: muitas delas são um amoroso convite divino, como o do Senhor Jesus, quando chama os cansados e oprimidos para que venham a ele (Mt 11: 28); outras são uma dedicada instrução no Evangelho, como se vê nas cartas do apóstolo Paulo (Cl 3). Mas há, sim, ordens expressas e inegociáveis tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Lv 19:4; Mt 28: 19-20). Os imperativos anotados na Bíblia, sejam para um carinhoso convite, ou para a transmissão de um ensino ou, ainda, para uma determinação inegociável, são a marca da autoridade inequívoca do Senhor.
Certo pregador frequentemente reitera que Deus não negocia a autoridade, nem a hierarquia. O primeiro ser a rebelar-se contra o imperativo de Deus foi Satanás, por isso perdeu seu magnífico lugar e terminou condenado às densas trevas e ao fogo eterno do inferno. Esse ser medonho é responsável por todo tipo de rebeldia humana. Seu maior prazer é encontrar corações que abriguem a desobediência.
A humanidade de nosso século tem aberto enormes espaços para as posições rebeldes, dando a essas posições bonitos nomes como autossuficiência, poder de decisão, autonomia etc. Claro que autossuficiência, poder de decisão, ou autonomia não significam apenas mau comportamento. Há valores que aí se preservam. O problema está nos casos em que essas atitudes surgem como endosso ao desrespeito ético ou moral, seja no aspecto religioso ou social.
A falta de controle — o qual só é mantido pela noção de autoridade — causa a degenerescência dos costumes e a anarquia, situações mui agradáveis ao diabo. A palavra anarquia encerra tudo quanto vai no coração de Satanás, já que ela significa supressão da ordem, ausência de governança.
Que o mundo, como sistema sócio-político e econômico, mergulhe no desmando é previsível, pois jaz no maligno; mas, no meio cristão, observador da autoridade que emana da totalidade das páginas sagradas um comportamento desobediente torna-se absolutamente incabível.
Apesar de incabível, a igreja pós-moderna enfrenta gravíssimos problemas nessa área, sinal de que muitas almas estão se deixando enganar pela astúcia do diabo, porque não atentam mais para a Palavra de Deus, que não abre mão das formas imperativas denotadoras da sua inequívoca autoridade, seja para amorosamente exortar, seja para impor o que de Deus é inegociável.
É aceitável entender que o Senhor não tardará a tomar providências relativas a esse assunto e, se ainda não o fez, é porque a sua benignidade provê tempo para arrependimento e conserto dos erros. Deus é misericordioso, longânimo e bondoso; porém, nunca se duvide da severidade divina para com os que não atentam para as suas determinações (Rm 11: 22).
Graça e paz que Deus possa lhe abençoar grandemente
ResponderExcluirnessa jornada de levar a palavra de Deus via internet
sucesso e quando quiser e puder passe e siga nosso blog
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Caro Ev. Tavares,
ResponderExcluirGraça e Paz!
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Nos Laços do Calvário
Pr. Gutemberg Maciel