Voltando ao assunto da decência - que, aqui, é tratada à parte da ordem - quero lembrar que os cultos evangélicos já não são um evento interno, um ato restrito à própria congregação, tendo em vista que a Internet rasgou o véu e expôs os cultos cristãos a toda a sociedade.
É exatamente essa exposição que nos obriga a repensar o que vai ao ar! Isso é, como se tratam os assuntos de família, há, também, os assuntos "dos crentes", que não se devem pôr à vista geral!
Por isso, estamos no tempo certo de perceber com clareza a maneira como os "de fora" (Cl 4. 5-6) nos vêem e nos ouvem.
"E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto falava com autoridade, e não como os escribas." (Mt 7. 28-29)
Nossos cânticos em público devem ser "bem preparados", não só melodicamente, mas sob todo cuidado poético e bíblico.
O que significa alguém cantar algo que diz: "Desemborca o vaso, Jesus."?
Significa vergonha para a igreja, levada ao ar, via Internet!
É certo que nem todas as pessoas têm a aptidão, necessária, para cantar em público, e nisso não há vergonha alguma! A vergonha é a exposição indevida.
Os pregadores, também, chamados "preletores", devem preocupar-se com o bom preparo em nossa língua, no mínimo que seja exigido a quem se comunica oralmente.
Notemos que a admissão por concursos públicos, bem como a admissão às organizações corporativas sérias cobram conhecimentos razoáveis de língua portuguesa aos seus candidatos. Entretanto, é triste verificar que, em geral, as igreja não têm cuidado com tamanha necessidade! Ter boa voz não é conhecer a língua nem alguns processos básicos de comunicação oral. O que mais se pode entende por "manejar bem" a palavra da verdade? (2Tm 2. 15)
As redes sociais mostram, nas igrejas, mormente pentecostais - para não falar das igrejas neopentecostais, que não são modelos para nós - uma "plateia" irrequieta, desatenta à Palavra, mais sedenta de um bom bebedouro. Assim, qual a decência para com o público, a quem nos dirigimos? Como a igreja "cairá na graça" daqueles a quem deveria alcançar? (At 2. 47)
Voltando aos chamados, indevidamente, preletores, gostaria de entender qual a razão para que alguns usem as cores mais esdrúxulas para os seus trajes: qual a razão dos ternos e sapatos tão chamativos?
Igrejas que criticam uso de barba e de cabelos um pouco mais longos, terminam por aceitar cortes mais adequados a outros tipos de pessoas públicas.
Talvez, este texto seja visto - não como uma crítica desnecessária e ácida - como a expressão de quem ama o zelo pela boa imagem da igreja, que é diferenciada, como se aprende nos ensinos apostólicos.
Deus permita que nossos olhos usem "colírio para que vejamos."! (Ap 3.18)
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