Já vimos as diversas
possibilidades conotativas para a forma "semelhante". Porém,
vamos nos prender à função substantiva dessa palavra, tal como o Senhor Jesus a
empregou: "o nosso semelhante"! Quem é esse personagem?
Jesus mandou amar a
Deus em primeiríssimo lugar. Foi o primeiro mandamento; o segundo, comparado ao
anterior, é "Ama o teu próximo como a ti mesmo". (Mt 22. 37-39).
"O próximo"
será apenas aquele indivíduo com quem se tem alguma afinidade, seja filosófica,
ou religiosa, ou de parentesco familiar; ou de atividade profissional etc.?
Podemos excluir aqueles com os quais não temos afinidade, nem simpatia por
eles? Eles também seriam nossos semelhantes? Em quê?
A similitude mais
evidente entre os homens é a volição; depois, a morte física: todos temos uma
vida terrena com direitos e deveres sociais; dividimos espaços pacificamente ou
não, assumimos obrigações recíprocas e nos beneficiam os mesmos direitos. A
Medicina cuida tanto daqueles com quem não simpatizamos, como também de nós.
Por fim, há para
todos os homens o mesmo encerramento desta jornada, cujo destino é o pó da
terra.
Assim, cada um de nós
entende quem é "o próximo" a quem Jesus se referiu. Resta-nos
amá-los, a todos, como nos amamos a nós mesmos.
Não devo querer
problemas quaisquer para outrem, tal como não os quero para mim; e, nesse caso,
o meu sentimento afetivo não conta; simpatia ou antipatia não interferem,
absolutamente, no dever que tenho de amar o próximo. A ordem foi dada por
Jesus.
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