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Evidentemente, não vai nesta página qualquer intenção de incentivar a famigerada prática do abandono da frequência à igreja, que hoje se chama desigrejamento ou desmembramento. Ao contrário, pretendo que seja uma mensagem de alerta às igrejas evangélicas doutrinariamente sadias, em consonância com as Escrituras Sagradas, ou que almejam tal condição.
As lideranças eclesiásticas cristãs precisam evitar quaisquer disputas territoriais; não só por causa de acordos, mas por bom senso. Há ministérios que disputam a oportunidade de trabalhar até na mesma rua! Será isso interesse na difusão do Reino de Deus? Creio que não é esse o escopo. É bem possível que nisso esteja camuflado um interesse pela hegemonia eclesiástica, o que é lamentável.
Hoje, muitos ministérios abrem quinzenalmente novas “congregações”, em regiões, municípios e bairros que não têm a menor necessidade de novos templos evangélicos ou salões de cultos; ainda que não tenham obreiros plenamente aptos a conduzi-los. Na verdade, o que se deveria fazer é dar apoio humano e espiritual às igrejas que lá se encontram. O reino de Deus não é glorificado pelas disputas egocêntricas dos homens, e tais disputas têm causado crescentes e sérios transtornos à obra do evangelho.
No Brasil, há facilidade legal para que se criem novas entidades religiosas; assim, o que é bom, por um lado, torna-se bem ruim, por outro. Haja vista a denominação “Assembleia de Deus”. Essa denominação, outrora, tão respeitada por sua doutrina bíblica e não menos por seus – até criticáveis – usos e costumes, vê em cada canto do país, portas que se atrevem a usar a denominação, sem que mantenham qualquer vínculo com a verdadeira doutrina assembleiana. Mas o descalabro não é somente na área das Assembleias de Deus.
Como igreja pentecostal mais antiga no Brasil, a Assembleia de Deus cresceu vigorosamente; mas, outra vez, o que é bom transforma-se em problema: despedaçamento da denominação em fragmentos nem tão honrosos. Isso sem contar que há “igrejas” que se assumem pentecostais, copiam o pentecostalismo observado pelas Assembleias de Deus; mas agem de modo a negar a doutrina bíblica e pentecostal.
Por sua vez, o que vou chamar aqui, ipsis verbis, de “baixo clero”, adepto de toda sorte de heresias e de uma prática escandalosa do pseudojudaísmo, concentra nas ruas do Brás (São Paulo) talvez mais de uma dezena desses logradouros, o que é um retrato da vergonha aqui exposta. São igrejas pseudoenvangélicas, que pregam suas distorções doutrinárias, a fim de angariarem incautos que lhes proporcionem um lucro alto. Essas “igrejolas” formaram-se e formam-se do estilhaçamento das maiores neopentecostais brasileiras, mães de todo esse infortúnio.
Por esta razão, cabe alertar as lideranças de igrejas sérias, relativamente à disputa territorial, para que não sejam cúmplices do desvario “evangélico” brasileiro. Cabe aos sérios líderes apoiar os trabalhos honrados já existentes, incentivando-lhes o crescimento dentro da honorabilidade do cristianismo bíblico. Isso é trabalhar pelo crescimento e fortalecimento do Reino de Deus no mundo.
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