“Então, falou Deus todas estas palavras dizendo: ‘Eu
sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura, nem de alguma
semelhança do que há em cima, nos céus, nem em baixo, na terra, nem nas águas
debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu
sou o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos
filhos até à terceira e quarta gerações daqueles que me aborrecem e faço
misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos. ’”
(Êxodo 20.1-6. RC).
Algumas
considerações se fazem necessárias a respeito desse trecho do livro de Êxodo.
Trata-se de um dos mais controvertidos assuntos, principalmente, na era
pós-Reforma Protestante. O mandamento de Deus, contendo a proibição da
manufatura ou da industrialização de imagens de escultura continua gerando
controvérsias entre a Igreja Católica Romana e as Igrejas Reformadas, incluídas
as demais igrejas evangélicas em geral.
De
fato, esse não é um assunto que se discuta sem a apresentação de argumentos
seguros, irrefutáveis; por isso, é dever dos bons teólogos evangélicos
apresentar à cristandade estudos que deem oportunidade a discussões embasadas
na boa exegese bíblica. A seguir, coloco algumas perguntas, a fim de levar os
leitores à reflexão.
1.
Toda e qualquer
imagem ou escultura constitui um ídolo?
2.
Nesse texto, é
possível entender-se que Deus se opõe à confecção de estátuas, erigidas em
homenagem a pessoas ilustres?
3.
No campo teológico,
é válida a afirmação de que adorar e venerar implicam conceitos distintos?
4.
Considerando-se
que uma imagem ou uma escultura tenha, apenas, a finalidade de homenagear uma
pessoa eminente, fica excluída qualquer
possibilidade de que ela se torne objeto de idolatria?
5.
Caso uma imagem
ou uma escultura - produzidas tão somente como homenagem a alguém ilustre -
venha a tornar-se objeto idolátrico, a responsabilidade dessa idolatria também
recai sobre quem a autorizou?
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