terça-feira, 23 de novembro de 2021

DEVEMOS ORAR PELOS REBELDES?



O apóstolo João, em sua Primeira Epístola 5.16, faz referência a duas espécies de pecados na igreja: pecado que gera a morte espiritual e pecado que não gera a morte espiritual.
Por causa do espaço, chamo à meditação apenas sobre o pecado mais grave. Decididamente, por esse pecador não podemos orar. Mas, o que caracteriza esse "pecado para morte" de que fala o apóstolo?
A prática deliberadamente pecaminosa, irreconciliável, resultante da rebeldia à vontade de Deus e à correção é a causa do pecado para afastamento definitivo de Deus.
A decisão da permanência no pecado torna ímpio um crente. O fato de ele ter-se tornado ímpio impede que a igreja faça oração por ele, que já está em
condenação.
A ingenuidade de muitos crentes leva-os a imaginar que Deus reconduzirá ao rebanho tais pessoas; por esse motivo, põem-se em oração em favor delas e ouvem mensagens sobre a ação divina para que retornem. Tal posição choca-se contra a doutrina bíblica.
Um crente só passa à condição de ímpio depois que rejeitou a correção. Esse tal cai na rebelião contra a autoridade instituída por Deus para a condução da igreja.
Assim, são erradas as afirmações de que o Senhor as reconduzirá ao aprisco.
Poderá haver salvação para essas pessoas? O apóstolo João diz que cometeram pecado "causador" de morte.
Entendo, então, que elas estejam moribundas e que a única possibilidade de resgate seja, num grande esforço pessoal, o arrependimento sincero e a submissão absoluta a um severo período de disciplina, o que é - para quem desenvolveu semelhante caráter - um grande empecilho.
Não devemos orar por quem se inclui no pecado de rebeldia, de difamação, de desrespeito à igreja, pois essa oração corresponde a tolerar o erro. Contra isso, o Senhor repreende os crentes de Tiatira (Ap 2.20).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Translate:

Pesquisar este blog

• Arguivo do blog