quarta-feira, 13 de outubro de 2021

OVELHAS OU BODES?

 

 

 




O particípio do verbo perder: "perdido", assume mais de um significado.

Perdido: irrecuperável.

Por exemplo, um veículo acidentado, sem condições para conserto, é dado pela seguradora como perdido. É o conhecido PT, perda total.

Perdido: desorientado.

Nesse caso, fala-se, por exemplo, de alguém que, indo em direção a um lugar, vê-se desorientado, desnorteado.

No contexto bíblico devem-se considerar as duas condições, antes de se considerar alguém como "ovelha perdida", da qual falou Jesus. (Mt 18.10-14; Lc 15.1-7). Ovelha perdida não é o apóstata, nem o que rejeita o evangelho. Aqueles que ainda ouvirão e aceitarão a mensagem salvadora, bem como aquele que se desorientou e perdeu o rumo, esses são as ovelhas perdidas.

Mateus 25.32 registra a existência de ovelhas e de bodes. Enquanto os bodes não se submetem ao afetivo pastoreio, as ovelhas são frágeis e podem perder-se do rebanho, ficando desorientadas no caminho. A buscá-la é que sai o pastor com seu cajado.

O evangelho é divulgado e separa ovelhas (aqueles que aceitam) de bodes (aqueles que recusam). As ovelhas correm risco de extravio, ou seja, podem desorientar-se; essas devem ser buscadas, tratadas e trazidas ao aprisco. Bodes arriscam-se perigosamente pelas escarpas da vida; não são trazidos nos ombros.

As metonímias feitas por Jesus, ovelhas x bodes, devem ensinar-nos que a igreja precisa buscar "outras ovelhas" (Jo 10.16), ou seja, as que ouvirão a mensagem de salvação. A igreja deve, ao mesmo tempo, buscar as ovelhas desorientadas, que, um dia, se desgarraram do aprisco, a fim de livrá-las do perigoso convívio com os bodes e, com eles, serem apartadas.

 

 

 

 

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