O
particípio do verbo perder: "perdido", assume mais de um significado.
Perdido:
irrecuperável.
Por
exemplo, um veículo acidentado, sem condições para conserto, é dado pela
seguradora como perdido. É o conhecido PT, perda total.
Perdido:
desorientado.
Nesse
caso, fala-se, por exemplo, de alguém que, indo em direção a um lugar, vê-se
desorientado, desnorteado.
No
contexto bíblico devem-se considerar as duas condições, antes de se considerar
alguém como "ovelha perdida", da qual falou Jesus. (Mt 18.10-14; Lc
15.1-7). Ovelha perdida não é o apóstata, nem o que rejeita o evangelho.
Aqueles que ainda ouvirão e aceitarão a mensagem salvadora, bem como aquele que
se desorientou e perdeu o rumo, esses são as ovelhas perdidas.
Mateus
25.32 registra a existência de ovelhas e de bodes. Enquanto os bodes não se
submetem ao afetivo pastoreio, as ovelhas são frágeis e podem perder-se do
rebanho, ficando desorientadas no caminho. A buscá-la é que sai o pastor com
seu cajado.
O
evangelho é divulgado e separa ovelhas (aqueles que aceitam) de bodes (aqueles
que recusam). As ovelhas correm risco de extravio, ou seja, podem
desorientar-se; essas devem ser buscadas, tratadas e trazidas ao aprisco. Bodes
arriscam-se perigosamente pelas escarpas da vida; não são trazidos nos ombros.
As
metonímias feitas por Jesus, ovelhas x bodes, devem ensinar-nos que a igreja
precisa buscar "outras ovelhas" (Jo 10.16), ou seja, as que ouvirão a
mensagem de salvação. A igreja deve, ao mesmo tempo, buscar as ovelhas
desorientadas, que, um dia, se desgarraram do aprisco, a fim de livrá-las do
perigoso convívio com os bodes e, com eles, serem apartadas.
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