Claro é que o leitor sabe que "Procuração" é um documento de
natureza legal, por meio do qual alguém (outorgante) dá a outrem (outorgado)
poder(es) para representá-lo em "circunstâncias específicas".
Raramente, a Procuração dá ao outorgado "plenos poderes".
Os crentes em Jesus Cristo têm dele Procuração.
"... Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu
Pai, "em meu nome", ele vos há de dar." (Jo 16.23 - aspas
minhas).
Só podemos ter acesso a Deus Pai, por meio da "Procuração" que
o Senhor Jesus nos outorgou. Não há outro Mediador!
O espaço para se tratar deste assunto ultrapassa os limites de que aqui
se pode dispor. Assim, é preferível abordar uma das situações na qual o uso da
expressão "em nome de Jesus" é impróprio, porém, recorrente. Em
geral, as pessoas substituem a necessária frase "Se Deus permitir",
recomendada por Tiago (4.13-15), pela expressão "em nome de Jesus".
"Vou comprar uma casa, em nome de Jesus!"
Não! Você vai comprar uma casa, "se Deus permitir".
Deve-se notar, no exemplo, a influência de um fator psicológico nada
apreciável.
Para o tal crente, a expressão "em nome de Jesus" expressa
mais convicção da compra do que a expressão "se Deus permitir". Fica
clara, portanto, a ênfase no interesse pelo negócio, não na permissão de Deus!
Há inúmeras outras situações em que o mau uso de expressões bíblicas
conduz a erros. Conhecer o significado das palavras e das expressões em seus
contextos pode evitar muitos problemas.
"Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor
não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão."
(Êx 20.7).
A expressão "em vão" corresponde a "inutilmente",
"impensadamente", "sem propósito" ou
"irreverentemente".
Dessa forma, nunca substitua a expressão "se Deus quiser" por
"em nome de Jesus".
O nome de Jesus dá poder aos santos, para vencer o Maligno e para curar
enfermos; jamais para afirmar os desejos materiais.
"E, chamando os seus doze discípulos, 'deu-lhes poder' sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e curarem toda enfermidade e todo mal." (Mt 10.1 - aspas minhas).
Muito bom!
ResponderExcluirAo longo da jornada cristã absorvemos jargões e vícios de linguagem que acabam comprometendo o que de fato deveria ser dito. É preciso maior diligência de nossa (minha parte) para evitar erros como os mencionados em seu excelente (como sempre) texto
Abraço