Um pastor posta vídeo, alertando a fiéis que ele tem por, além de
idólatras, ignorantes.
Sim, porque me parece impossível que alguém seja "idólatra sem
saber".
De acordo com a Bíblia, a idolatria consiste na prática de se prestar culto
religioso àquilo ou àquele que não é digno de ser adorado. Só Deus é o Senhor e
não há outro Deus. Veja-se Êxodo 32.1-4.
Fica claro que, rigorosamente falando, a idolatria é ato da vontade
religiosa de alguém; é a decisão de erigir para si um falso Deus. Logo, repito,
não há idolatria inconsciente, tanto quanto ninguém honra a Deus de modo inconsciente.
Aquele pastor comete grave erro, porque confunde a opção por um
político, a admiração por uma pessoa, ou por uma entidade, com o que seja ato
de idolatria.
Não resta dúvida de que opções exacerbadas e admiração exagerada
"podem" levar à idolatria.
O dever da liderança cristã é esclarecer aos fiéis a diferença entre
escolha política e idolatria.
Quanto a alguém dizer que os cristãos são - ou devem ser - alheios às
responsabilidades políticas, prefiro não me pronunciar, dado o grau de
insensatez que há nesse pensamento, ora bastante disseminado entre as
lideranças evangélicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário