A igreja pentecostal brasileira, cuja representante maior denomina-se Assembleia de Deus, não é uma "igreja una".
Antes
que me recriminem, esclareço que não me refiro à Igreja espiritual, essa
imaculada, a qual faz parte do Corpo de Cristo, juntamente com os salvos de
todos os tempos e lugares. Refiro-me às Assembleias de Deus (denominação). Essa
A.D. não é una. Por quê?
Caracteriza-se
como uno aquilo que é indivisível, único, singular; exatamente o que não são as
A.D.
A razão
desse caráter partitivo, do estilhaçamento da denominação está, exatamente, no
estilhaçamento da cosmovisão (?) dos seus respectivos líderes. É óbvio que no
princípio não foi assim; os missionários suecos, que trouxeram a mensagem
pentecostal, provavelmente, não pensavam na divisão doutrinária, nem
consuetudinária, da instituição.
Passados
esses mais de 100 anos, as atuais Assembleias de Deus colhem o fruto do
comportamento arrivista de suas lideranças.
Esse
fruto de gosto acre principia na percepção da própria pluralização:
"Assembléias".
A partir
disso, tem-se uma denominação diversa na doutrina - outrora voltada apenas para
um ponto de vista teológico único - e diversa na manutenção do comportamento
social (usos e costumes).
Não se
pode prever até quando, ou até que ponto, as lideranças assembleianas se
assentarão nos tronos de suas individualidades, sem que, muitas dessas
lideranças, voltem os olhos para um imenso rebanho que se limita a acompanhar o
que lhes incutem líderes desobedientes ao mais elementar ensino do apóstolo
Paulo: "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes,
sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer." (1Co 1.10).
Por
sinal, esses mesmos líderes usam a passagem referida, unicamente para que se
assegurem da fidelidade dos membros sobre os quais mantêm a hegemonia;
entretanto, fingem não entender a extensão da súplica paulina.
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¹(1Co
1.13)
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