A vida se faz de ciclos; mas são ciclos de "moda" os mais perigosos. Uma geração contesta a precedente, enquanto julga trazer algo inusitado. Não é. É quase sempre a cópia daquilo que se abandonou (às vezes piorada).
Lembro-me dos bancos escolares, quando bons professores, de cujos nomes ainda me lembro, ensinavam a identificação dos bons textos: a verdadeira literatura. Como ignorar a preciosidade da língua portuguesa nas páginas queirosianas, nos textos machadianos, em Guimarães Rosa, em Graciliano, em poetas como Camões, como nossos românticos, como nossos modernistas, Drummond, Bandeira entre outros? Os tempos são outros, mesmo!
Vive-se uma enxurrada de páginas imprestáveis, às quais dão nome de literatura. São biografias cuja finalidade é engrandecer o biografado (que ainda vive!). A escritura de uma época é reveladora das condições sociais e intelectuais de seus coetâneos. Meudeus!
Tem-se, agora, entre outros, um, Edir Macedo, que ama diversificar os seus "negócios".
O "bispo, ultimamente, publica "literatura" (esse nome foi dado por repórter da Record, é claro).
Admira-me ver que quase todos os que têm função na emissora (até o Marcelo Rezende, gente) foram convocados para "falar bem" da "obra". Bem, mas há também livro que traz a história de Rezende: mais literatura brasileira!
Guindaram as páginas de uma biografia acompanhada e ditada pelo próprio biografado à condição de "literatura brasileira". Paulo Coelho deve estar enciumado!
Por favor, peço, por favor, aos críticos literários desta terra que se manifestem! Peço aos professores de literatura que mostrem a inverdade literária dessas páginas. Já vivemos mal das pernas (melhor, das letras), agora, vem esse espertalhão entrar em seara alheia. Deus nos livre do herege, defensor de aborto e enganador de um povo anestesiado! Deus nos livre dessa "nova literatura" que se vai avultando no Brasil!
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